Agência Folha 20/06/97 13h51 De Brasília O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou nesta sexta a adesão do Brasil ao Tratado sobre Não-Proliferação de Armas Nucleares. A adesão do governo será analisada agora pelo Congresso. O acordo é a matriz do regime internacional de não-proliferação nuclear. Conta com 185 signatários e está em vigor desde 5 de março de 1970. Os três principais pontos do tratado são não-proliferação, cooperação para fins pacíficos e desarmamento. O Brasil é um dos últimos países a assinar o tratado. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, o Brasil só assinou agora o tratado por considerar que diminuíram as diferenças entre os países nucleares (como Estados Unidos, França e China) e não nucleares. Mesmo assim, segundo Lampreia, o governo considera que as atuais medidas de desarmamento nuclear não são suficientes. ''Países nucleares continuam com seus arsenais. O Brasil assina, mas mantém a preocupação no sentido de continuar a exigir progressos no desarmamento nuclear'', afirmou. FHC tomou a decisão de aderir ao tratado um dia antes de seu embarque para Nova York (EUA), onde participa da sessão especial da Assembléia Geral da Nações Unidas. A adesão ao contrato pode beneficiar o Brasil no pedido de integrar o Conselho de Segurança da Onu (Organização das Nações Unidas). ''Certamente a assinatura do TNP só faz reforçar as credenciais do Brasil'', disse Lampreia.
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