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Entenda os códigos da 'lista da propina'

Da Folha de S.Paulo 01/04/2000 21h39

Ao lado de cada nome da lista constam os telefones dos gabinetes dos vereadores e um código que supostamente traria as datas de pagamentos de propina e a quantia entregue a cada um deles.

As entregas, segundo a revista "Isto É", seriam feitas em dinheiro nas casas dos vereadores citados no papel em posse do Ministério Público.

O primeiro número que aparece ao lado do nome do vereador Brasil Vita é 080775. Os quatro primeiros representariam a data do pagamento _8 de julho_ e os dois últimos o valor da suposta propina _R$ 75 mil.

Os números seguintes são 031180, 091075, 051175, 301175, 141275, 140217 e 180282.

Se a interpretação do código estiver correta, Brasil Vita teria recebido entre julho e fevereiro de dois anos (não é determinado quando teria ocorrido o suposto pagamento) R$ 554 mil.

A vereadora Maria Helena tem os seguintes números relacionados a seu nome, que aparece imediatamente abaixo do de Vita: 080740, 030850, 090940, 311050, 111150, 121250, 140140, 190110 e 060750. A quantia supostamente paga chegaria a R$ 410 mil.

Os números 060750, 030850, 090950, 211050, 111150, 101250, 190125 e 100250 acompanham o nome do vereador Alan Lopes, o que totalizaria R$ 375 mil.

Toninho Paiva teria recebido a mesma quantia, de acordo com os números relacionados a seu nome: 060750, 030850, 090950, 211050, 101250, 100250 e 180225.

O vereador Miguel Colasuonno, segundo os números 080750, 030850, 090950, 211050, 171150, 011250, 201250, 100230 e 150245, teria recebido R$ 425 mil.

Milton Leite seria um dos que mais teriam arrecadado. Em sua casa teriam sido entregues R$ 650 mil se os números 080775, 030875, 090975, 150975, 211075, 291175, 131075, 190175 e 100250 realmente tiverem o significado que lhes é atribuído.

Por último na listagem aparece o vereador Osvaldo Enéas, que seria o último da fila, com R$ 320 mil arrecadados segundo os números 080750, 030850, 090950, 051150, 071250, 101220 e 201250.

O dinheiro envolvido no caso chegaria a R$ 3,109 milhões. Os vereadores envolvidos se defendem afirmando que a lista é falsa.



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