|
|
Índice | Próxima
Oposição na Câmara de SP enfrenta situação organizada
SÍLVIA FREIRE 17/04/2000 18h17
repórter da Folha Online
A bancada de oposição ao prefeito Celso Pitta, além da pressão do Executivo, está enfrentando sua própria desarticulação na busca dos votos necessários para a abrir o processo de impeachment do prefeito na Câmara Municipal.
Desde a vitória conseguida na comissão especial, que aceitou o pedido de afastamento do prefeito, a bancada oposicionista não se reuniu mais. Nenhum dos vereadores da oposição está centralizando a contagem dos votos.
A oposição está na busca dos dez votos que faltam para abrir a comissão processante, primeiro passo do processo de impeachment. A bancada oposicionista tem, normalmente, 23 vereadores. São necessários 33 para instalar o processo na Câmara. O presidente da Câmara, Armando Mellão, deve colocar em votação já nesta terça-feira (18).
A estratégia da oposição, segundo alguns vereadores, é convencer os parlamentares da base situacionista na conversa. "Falamos que as eleições estão próximas e a popular está pedindo investigações", diz um vereador que não quis se identificar.
Se a oposição está desarticuladas o mesmo não acontece com o lado do prefeito. Desde sexta-feira (14) que os vereadores da situação estão recebendo telefonemas e sendo chamados para conversas.
O Executivo tem como moeda de barganha política cerca de R$ 1 bilhão do orçamento municipal para destinar aos projetos apresentados pelos vereadores fiéis a Pitta. O orçamento prevê que 15% do total possa ser remanejado pelo prefeito.
Nesta segunda-feira (17) os dois lados faziam as contas de quantos vereadores vão ter amanhã em plenário. Ao menos uma estratégia a oposição já definiu: caso não tenham certeza dos 33 votos para aprovar a processo, deixarão o plenário e evitarão o quórum, deixando a votação para o dia seguinte.
Leia mais sobre o Pittagate na Folha Online.
Índice | Próxima
|
|
|
|