1944
Francisco Matarazzo Sobrinho, o Cicillo, dono da Metalúrgica
Matarazzo, cogita a criação de um museu de arte
moderna em São Paulo, formado com a doação
de sua coleção particular de pintores brasileiros,
enriquecida de quadros franceses e italianos que andava comprando
na Europa
1946 No início do ano, Luis Martins propõe
a criação de um museu de arte moderna. No final
do ano, Sérgio Milliet, diretor da Biblioteca Municipal
de São Paulo, escreve a Nelson Rockfeller, do MoMA, comunicando
a intenção de criar um Museu de Arte Moderna nos
mesmos moldes. O Moma oferece apoio para a criação
do novo museu
1947 Fundação do MASP (Museu de Arte
de São Paulo), por iniciativa de Assis Chateaubriand (2
de outubro), desafeto de Cicillo. Surgimento da Galeria Domus
em São Paulo, a primeira especializada em arte moderna
na cidade
1948 No dia 15 de julho, é fundado o Museu
de Arte Moderna de São Paulo, presidido por Cicillo. O
museu expõe seu acervo na sede provisória, na rua
Caetano Pinto, onde ficava a Metalúrgica Matarazzo, com
Picasso, Kandinsky, Dufy, Chagall, Morandi, Volpi, Di Cavalcanti,
Anita Malfatti _em sua maioria, doados pelo próprio Cicillo
1949 No dia 8 de março é inaugurada
a primeira exposição do MAM em sua sede própria,
que ficava na rua Sete de Abril, 230. A mostra "Do Figurativismo
ao Abstracionismo", organizada pelo crítico belga
Léon Dégand, era formada por 95 obras, entre os
quais se destacavam Arp, Calder, Delaunay, Kandinsky, Kupka, Leger,
Miró e Picabia
1951 O MAM promove a 1ª Bienal, no parque Trianon,
com a adesão de 21 países, além do Brasil
1953 Inauguração da 2ª Bienal,
no parque Ibirapuera, com prédios projetados por Oscar
Niemeyer. Comparecem 32 países, além do Brasil.
A sala dedicada a Picasso continha "Guernica", além
de outros 30 quadros de sua coleção pessoal
1958 Museu deixa a sede na rua Sete de Abril e muda-se
para o parque Ibirapuera, ocupando o prédio do Museu da
Aeronáutica e, em seguida, o segundo andar do Pavilhão
Armando Arruda Pereira, onde hoje está a Bienal. Cresce
o desinteresse de Cicillo pelo museu
1959 No dia 20 de janeiro, assembléia altera
o quórum exigido para decidir questões essenciais
da entidade
1961 Mário Pedrosa torna-se diretor do museu.
Surgem divergências entre Pedrosa e Cicillo
1962 Cansado dos conflitos com os diretores do museu,
Cicillo decide concentrar seus recursos nas bienais, que lhe traziam
prestígio imediato. Em escritura de 8 de maio de 1962,
na qualidade de presidente do MAM, Cicillo institui a Fundação
Bienal de São Paulo, separando-a do MAM
1963 Uma assembléia realizada a 23 de janeiro
decide extinguir o MAM, doando seu patrimônio para a Universidade
de São Paulo, que cria o MAC (Museu de Arte Contemporânea).
O museu seria mantido provisoriamente até que suas subvenções
fossem transferidas para a Fundação Bienal. O MAM
perdeu então sua sede e todo seu acervo, na época
composto por 1.236 obras. Alguns intelectuais e amigos do museu
impedem a dissolução do MAM, em assembléia
de 16 de maio de 1963. Os sócios elegem uma nova diretoria,
presidida por Oscar Pedroso Horta
1967 Eduardo Andréa Matarazzo substitui Oscar
Pedroso Horta. Doação da importante coleção
de Carlo Tamagni ao museu. Continha 79 obras, entre as quais quadros
de Volpi, Rebolo, Graciano, Bonadei, Tarsila, Di Cavalcanti, Pancetti,
Di Prete e Lívio Abramo, entre outros. Em 1968, a presidência
passa para Joaquim Bento Alves de Lima
1969 O MAM consegue uma nova sede no parque Ibirapuera,
no local onde ficava o antigo Pavilhão Bahia, na 5ª
Bienal. A nova sede é inaugurada com a exposição
Panorama da Arte Brasileira, em 7 de abril, que se torna uma das
mostras mais importantes do país
1975 Flávio Pinho de Almeida assume a presidência
do museu
1980 Luiz Antonio Seráphico de Assis Carvalho
assume a presidência e realiza um leilão para arrecadar
recursos com obras doadas por artistas
1982 O ex-governador Paulo Egydio Martins assume
a presidência do museu, que sofre uma reforma projetada
por Lina Bo Bardi
1983 Inauguração do novo espaço
do museu. Acervo alcança cerca de 1.500 peças agora
com Aparício Basílio da Silva na presidência
1990 Acervo soma 1.851 peças. Em 1991, museu
volta a atravessar dificuldades financeiras e ameaça fechar
as portas
1992 Eduardo A. Levy Jr. assume a presidência.
Em 1993 é inaugurado o Jardim das Esculturas, com 25 obras
1994 Milú Villela assume. Acervo alcança
a marca de 2.000 peças