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09/12/2007 - 11h28

Soldados e voluntários tentam conter avanço de petróleo na Coréia do Sul

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da Efe, em Seul

Três dias depois do acidente entre duas embarcações que lançou 10.500 toneladas de petróleo no mar da Coréia do Sul, milhares de soldados e voluntários continuam trabalhando para impedir que as conseqüências do maior desastre ecológico do país alcancem praias e criadouros de marisco.

O óleo derramado, que mancha vários pontos turísticos e destruiu cultivos de mexilhões da região de Taean, já atinge consideravelmente 20 quilômetros da costa oeste sul-coreana, que é banhada pelo Mar Amarelo, segundo informações da agência "Yonhap".

Hoje, mais de 90 navios, seis aviões, 6.650 soldados e policiais e milhares de voluntários trabalhavam na limpeza da região.

Até o momento, já foram retiradas 100 toneladas de petróleo, quase 1% do total derramado.

Além disso, nos dois últimos dias, as equipes de emergência recorreram a produtos químicos e instalaram 12 quilômetros de barreira para conter o avanço da mancha.

Já na madrugada deste domingo, foi fechado o terceiro e último buraco do petroleiro "Hebei Spirit" pelo qual o óleo combustível vazava.

Segundo as autoridades, a maior parte do petróleo derramado ainda não chegou às costas sul-coreanas. Mas uma mancha com quase 20 quilômetros de diâmetro se aproxima do litoral.

Por conta do ocorrido, o Governo da Coréia do Sul declarou hoje a região em "estado de desastre". Além disso, calculou que a limpeza completa dos 150 quilômetros de praias do condado de Taean demorará cerca de dois meses.

Além do turismo, os setores pesqueiro e marisqueiro também estão ameaçados.

Segundo o ministro de Assuntos Marítimos e Pesca, Kang Moo-hyun, "mesmo se parte dos peixes, algas e mariscos da região sobreviverem, não poderão ser comercializados por um tempo".

Quanto à poluição da água, as previsões do Executivo sul-coreano a respeito são reservadas, mas moderadamente otimistas.

"(Devido) Ao grande tamanho do acidente, sua contenção será difícil, mas não haverá nenhuma expansão significativa da mancha graças à maré e aos ventos", disse Lee Bong-gil, da Guarda-Costeira.

Fora os prejuízos econômicos, uma das principais preocupações são as implicações ecológicas da catástrofe, já que próximo ao local do vazamento fica o Parque Nacional de Taean Haean, o único do país com 530 quilômetros de costa e um conjunto de 120 ilhotas.

Por causa do acidente, ocorrido quando o guindaste de um cargueiro sul-coreano fez três buracos no "Hebei Spirit", a seguradora inglesa Lloyd P&I e o Fundo Internacional de Compensação por Danos Derivados da Poluição por Petróleo deverão disponibilizar US$ 330 milhões de indenização e ajuda aos afetados pelo vazamento.

Com as eleições presidenciais previstas para ocorrerem em 19 de dezembro na Coréia do Sul, hoje, todos os candidatos foram à região afetada pelo acidente expressar solidariedade aos moradores.

Até o momento, o pior desastre ambiental da Coréia do Sul tinha sido o naufrágio, em julho de 1995, de um petroleiro sul-coreano nas proximidades de Yeosu, cidade que abrigará a Exposição Universal de 2012, cuja edição vai ser dedicada aos recursos hídricos.

No acidente de 1995, foram derramadas 5.035 mil toneladas de petróleo. As perdas chegaram a US$ 75 milhões.

Além disso, o Governo sul-coreano precisou de mais US$ 23 milhões para a limpeza do local, que durou cinco meses.

 

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