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06/12/2009 - 08h30

Saiba o que está em jogo nas negociações do clima

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MARINA LANG
da Folha Online

O que realmente está em jogo na conferência do clima em Copenhague? Se levarmos em conta que os líderes políticos já assimilaram o perigo do aquecimento global, a resposta é simples: o desenvolvimento econômico.

É aí que as tentativas de consenso acerca de uma meta única emperram. Historicamente, os países abastados são aqueles que mais emitem gases na atmosfera (e fazem isso há mais tempo). Essa visão faz com que países pobres ou em desenvolvimento torçam o nariz quando seus colegas do primeiro mundo queiram que todas as nações tenham metas compulsórias.

Peter Andrews -7.mai.09/Reuters
Historicamente, os países abastados são aqueles que mais emitem gases na atmosfera (e fazem isso há mais tempo)
Historicamente, países abastados têm "culpa", pois são aqueles que mais emitem gases na atmosfera (e fazem isso há mais tempo)

No discurso, isso foi o motivo dos Estados Unidos recusarem a assinatura do Protocolo de Kyoto, ratificado em 1997: os países desenvolvidos manterem reduções absolutas de carbono enquanto meta, e países em desenvolvimento terem objetivo de crescimento com baixo carbono, em caráter não-compulsório.

Sergio Serra, embaixador extraordinário para a Mudança do Clima do Ministério das Relações Exteriores, afirma que a ideia é transplantar os artigos mais relevantes de Kyoto para Copenhague. "Mas os EUA são contra a substância do documento", observou, em evento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no final de novembro, em Brasília.

No mesmo evento, José Miguez, coordenador-geral de Mudança Global do Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia, comentou que a meta do Protocolo de Kyoto era a redução em 6% das emissões, com base no ano de 1990. "Mas [os EUA] não cumpriram, ao contrário: as emissões aumentaram em 17%. Ao contrário do necessário, houve um aumento de dez em dez anos", observou.

O Brasil e outros 36 países em desenvolvimento vão a Copenhague dispostos a exigir que, até 2020, as nações desenvolvidas cortem ao menos 40% das emissões em relação a 1990. No entanto, EUA e China sinalizaram que vão reduzir 17% e até 45%, respectivamente, mas com uma base muito menor (2005).

O governo brasileiro já anunciou, em caráter não-compulsório, a redução entre 36,1% e 38,9% até 2020, em uma medida tomada a partir de que se nada fosse feito.

Financiamento

Em março, Yvo de Boer, secretário-executivo da convenção do clima, apontou os quatro eixos cuja resposta deve ser dada em Copenhague.

São eles: a) a quantidade de gases que os países industrializados devem reduzir; b) quanto os maiores países em desenvolvimento, como China e Índia, devem reduzir; c) como será a ajuda financeira aos países em desenvolvimento quanto às reduções; e d) como esse dinheiro será angariado.

Na visão do coordenador-geral José Miguez, os dois últimos pontos não devem ser respondidos. "Não há desejo dos países desenvolvidos quanto à contribuição no financiamento aos países em desenvolvimento, para aqueles que não podem investir", declarou.

"A grande discussão é o financiamento. A visão dos países ricos é que a adaptação [ao tratado] é um problema local, que deve ser conduzido por conta própria."

Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
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eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
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Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
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