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06/12/2009 - 08h30

Filmes-catástrofe e documentários abordam aquecimento global

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MAURÍCIO KANNO
colaboração para a Folha Online

Quando cineastas precisam destruir o mundo, o aquecimento global é sempre uma boa pedida. O assunto, que está em destaque por conta das negociações internacionais na conferência do clima de Copenhague, também serviu de material para documentários,

O mais famoso no gênero é "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore. Mas o ator Leonardo DiCaprio também fez sua versão de filme sobre o tema, "A Última Hora".

Em resposta direta ao documentário de Al Gore, holandeses produziram "Meat the Truth: Uma Verdade Mais que Inconveniente", destacando o impacto do consumo de carne na mudança climática.

"A Era da Estupidez", lançado neste ano, e "O Segredo das Águas", de 1995, mostram um cenário futuro apocalíptico em que o mundo já teria sucumbido diante do aquecimento global. "O Dia Depois de Amanhã" (2004), cheio de efeitos especiais, mostra o momento em que o desastre causado pela mudança climática aconteceria, com vários fenômenos de uma só vez.

Até mesmo uma história de sabotagem do carro elétrico e cenas de destruição pelo Brasil captadas pela ONG Greenpeace ganharam vídeos.

Veja a seleção realizada pela Folha Online:

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Divulgação

"A Era da Estupidez" ("The Age of Stupid", Reino Unido, 2009, 1h30) Direção: Franny Armstrong.

Mistura documentário, animação e drama. É ambientado em um hipotético mundo devastado em 2055. Um idoso e solitário sobrevivente questiona: "Por que não paramos a mudança climática quando tivemos essa chance?" O personagem assiste a arquivos de notícias sobre mudanças climáticas, desde o início do século 21 até 2054.

Há histórias pessoais sobre a indústria do petróleo, companhias aéreas, Guerra do Iraque, geleiras e energia eólica. Estrelado pelo ator britânico Pete Postlethwaite, indicado ao Oscar em 1993, por "Em Nome do Pai". Veja o trailer.

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"Uma Verdade Inconveniente" ("An Inconvenient Truth", EUA, 2006, 1h40) Direção: Davis Guggenheim.

Premiado com o Oscar de melhor documentário em 2007, é apresentado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, alertando com dados sobre o aquecimento global. Destaca a responsabilidade humana na questão --"algo mais para se preocupar do que ataques terroristas"-- e frisa que a última década foi a mais quente já verificada.

Exemplifica problemas como a tendência de derretimento das geleiras dos polos, o que leva ao inundamento do nível do mar e inundação das cidades; o aumento de refugiados; e tempestades mais fortes, sugerindo polemicamente ligações com o furacão Katrina, de 2005, nos EUA. Inclui fatos biográficos de Al Gore, que acabou ganhando o prêmio Nobel da Paz em 2007. Veja o trailer.

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"Meat the Truth: Uma Verdade Mais que Inconveniente" ("Meat the Truth", Holanda, 2008, 1h10) Direção: Claudine Everaert e Gertjan Zwanikken.

Resposta ao documentário de Al Gore, apontando suas "lacunas", ressalta que o consumo de carne tem impacto ainda maior que o de transportes para o aquecimento global --18% contra 13%--, baseando-se em relatório da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU.

Destaca o desmatamento da floresta amazônica e cerrado no Brasil para a produção de comida para o gado, especialmente soja; além do metano emitido normalmente pelo "complexo sistema digestivo" das vacas, gás mais potente que o dióxido de carbono para o efeito estufa. Apresentado por Marianne Thieme, líder do Partido para os Animais e membro do Parlamento holandês. Assista.

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"A Última Hora" ("The 11th Hour", EUA, 2007, 1h35) Direção: Nadia Conners e Leila Conners Petersen.

Documentário apresentado pelo ator Leonardo DiCaprio e lançado um ano depois do de Al Gore, explora uma "convergência de crises" relacionadas a problemas ambientais como o aquecimento global, desmatamento e extinção de espécies, incluindo a humana. Aponta que o planeta está em seu limite, e que os seres humanos, causadores do problema por seu modelo de civilização industrial, devem fazer algo para mudar a situação.

O filme, em estilo dinâmico, conta com depoimentos de mais de 50 cientistas, políticos e ativistas ambientais, como o ex-presidente da União Soviética e Nobel da Paz Mikhail Gorbachev e o físico Stephen Hawking, além de autoridades em projetos de sustentabilidade. Veja o trailer.

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"O Dia Depois de Amanhã ("The Day After Tomorrow", EUA, 2004, 2h04) Direção: Roland Emmerich.

O filme de ficção científica retrata efeitos catastróficos da mudança climática. Segundo em bilheteria nos cinemas na estreia, logo após "Shrek 2", ganhou prêmio na área de Efeitos Especiais pela Academia Britânica. No entanto, foi criticado por exageros do ponto de vista científico, como vários eventos meteorológicos ocorrendo em poucas horas (quando deveriam ocorrer em décadas ou séculos).

As tragédias incluem uma tempestade de granizo com pedras maiores que o comum, séries de tornados e furacões, queda de aviões devido a turbulências aéreas, ondas gigantescas e o congelamento do hemisfério Norte do planeta. Veja o trailer..

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"O Segredo das Águas" ("Waterworld", EUA, 1995, 2h14) Direção: Kevin Reynolds.

Filme de aventura e ficção científica. É ambientado em um cenário pós-apocalíptico em que as geleiras foram derretidas, submergindo os continentes. A população humana sobrevivente fica em barcos ou ilhas artificiais.

Um ser anfíbio (Kevin Costner) comercializa tudo o que é possível, inclusive terra. Junta-se a uma comerciante (Jeanne Tripplehorn) e uma garota em busca do único lugar com terra firme, que seria uma lenda. Veja o trailer.

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"Quem Matou o Carro Elétrico?" ("Who Killed the Electric Car?", EUA, 2006, 1h32) Direção: Chris Paine.

Após destacar problemas de saúde pública e aquecimento global, o documentário conta a história do carro elétrico e de sua sabotagem e destruição. Inclui os interesses por trás disso, em tom de mistério e conspiração. Concentra-se no modelo EV1, lançado em 1996 pela fabricante General Motors, mas apenas em pequena escala e para locação no Arizona e Califórnia.

Especialistas, consumidores, ambientalistas, políticos e estrelas do cinema opinam sobre os motivos de o veículo ter saído de circulação. Possui depoimento de Tom Hanks dizendo que pretendia "salvar a América" ao utilizar o modelo, por evitar emissões de gases do efeito estufa. Veja o trailer.

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"Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas" (Brasil, 2006)

Documentário produzido pela ONG Greenpeace, a partir de uma viagem de sua equipe pelo Brasil. Traz imagens de seca, inundação e outros tipos de destruição que o filme associa com a mudança climática, que já estaria em andamento, "apesar de muita gente ainda achar que aquecimento global é coisa de cinema ou que só acontecerá daqui a muitas gerações".

Há também depoimentos de pessoas no Sul, na Amazônia e no Nordeste que sofreram e sofrem com essas alterações. A opinião de cientistas sobre as causas do aquecimento global é registrada, e o que o governo e a população podem fazer para barrar esses impactos ganha espaço na fita. Veja trailer e site do filme.

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"Roda Viva: Debate Aquecimento Global" (Brasil, 2007, 1h25)

Debate promovido pelo programa "Roda Viva" sobre o aquecimento global, com dados de que a temperatura do planeta subirá de 1,8º C a 4º C até o ano 2100. Ricardo de Camargo, do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, afirma que "chegou o momento de países e nações se unirem para combater esse aspecto nada favorável".

No entanto, o economista e sociólogo Eduardo Giannetti ressalta que não estamos acostumados a pensar a longo prazo. Participam também Marcelo Furtado, do Greenpeace; Paulo Artaxo, da USP e IPCC; José Marengo, do Inpe e IPCC; e Ilana Wainer, da USP. Apresentação de Paulo Markun. Veja transcrição do debate e trecho do vídeo

Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
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eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
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Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
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