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06/12/2009 - 08h30

"Ongueiros" vivem maratona climática às vésperas de Copenhague

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MAURÍCIO KANNO
colaboração para a Folha Online

As atividades das ONGs ambientais cresceram em 2009, ano decisivo para quem aguarda uma solução quanto ao aquecimento global. Militantes, ongueiros e ativistas "verdes" vivem dias de correria e agenda cheia, no Brasil e no mundo.

Um bom exemplo de como um evento como a conferência de Copenhague modifica a rotina de quem milita pelo meio ambiente é a coalisão de cerca de 240 entidades para a chamada campanha TicTacTicTac, formada neste ano especificamente para pressionar os líderes mundiais por um acordo.

Divulgação
Grande Pirâmide de Giza, durante manifestação convocada pela coalisão de ONGs TicTacTicTac, com 5.200 eventos em 181 países
Grande Pirâmide de Giza, durante manifestação convocada pela coalisão de ONGs TicTacTicTac, com 5.200 eventos em 181 países

Em 24 de outubro, a coalisão organizou um evento cuja mobilização foi considerada por eles recorde em um único dia: 5.200 eventos em 181 países, apenas 11 países a menos que o total de 192 participantes da ONU.

Essa foi a chamada em busca do limite de 350 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera.

A coalisão TicTacTicTac também coletou quase 10 milhões de assinaturas em todo o mundo, sendo 170 mil no Brasil.

Outra ONG que reforçou suas mobilizações neste semestre foi o Greenpeace. Na última terça-feira (1º), estenderam um banner de 9 mil metros quadrados em Brasília, o maior aberto pela ONG em seus 38 anos de história.

Também na capital brasileira, em outubro, estenderam um varal com 77 mil assinaturas.

Alan Marques/Folha Imagem
Manifestantes do Greenpeace estenderam banner de 9 mil metros quadrados na Esplanada dos Ministérios com recado para Lula
Manifestantes do Greenpeace estenderam banner de 9 mil metros quadrados na Esplanada dos Ministérios com recado para Lula

Durante a reunião preparatória de Barcelona, em novembro, ativistas do Greenpeace escalaram uma estátua de Colombo e também a igreja da Sagrada Família, onde penduraram faixas de protesto.

Em outubro, subiram até em um obelisco de cem metros na Espanha.

Desde a semana passada, os ativistas atuam com "orelhões móveis" pelas ruas.

O objetivo é convocar as pessoas a telefonar ao gabinete do presidente Lula, para pedir metas mais ambiciosas.

Rivaldo Gomes/Folha Imagem
Com fantasias de vacas, Greenpeace protesta na av. Paulista para alertar sobre desmatamento na Amazônia, causado pela pecuária
Com fantasias de vacas, Greenpeace protesta na av. Paulista para alertar sobre desmatamento na Amazônia, causado pela pecuária

Em setembro, houve ainda a Semana do Clima, com eventos diários pelas ruas. Não faltaram ativistas fantasiados de vacas, para alertar sobre o impacto da pecuária no aquecimento global e outros vestidos de guardas, dando multas para quem poluía a atmosfera com automóveis.

Contratações

A luta contra o aquecimento global pode ser também uma boa oportunidade para quem procura um emprego. A equipe para Mudanças Climáticas e Energia da ONG WWF no Brasil cresceu em 2009, com a contratação de um coordenador dedicado exclusivamente ao tema. Três representantes estarão presentes atuando durante toda a conferência de Copenhague.

Reprodução/WWF
Ponte Octávio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, em SP, durante o evento Hora do Planeta, organizado pela ONG WWF
Ponte Octávio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, em SP, durante o evento Hora do Planeta, organizado pela ONG WWF

Em março, o grupo realizou o evento A Hora do Planeta, quando milhares de pessoas em cerca de 4.000 cidades em 88 países do mundo --113 no Brasil--, desligaram suas luzes durante uma hora para manifestar seu engajamento contra as mudanças climáticas.

"Durante este ano, as negociações de clima foram o foco principal de nosso trabalho", diz Carlos Rittl, coordenador da área do WWF-Brasil, ONG que lançou em sua vertente internacional uma série de estudos sobre o tema este ano. "A agenda de negociações internacionais foi muito intensa", diz.

Municípios unidos

A associação internacional de governos locais Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade) acompanha as discussões climáticas desde 1990, quando foi fundada. Florence Karine Laloe, gerente de projetos para Mudanças Climáticas da associação, conta que o número de cidades que aderiram à associação praticamente dobrou entre 2008 e 2009.

Relativamente novo no Brasil, em 2005 o Iclei contava com oito municípios associados, um número que passou para 13 em 2008 e cerca de 25 em 2009. Pelo mundo, o crescimento de municípios associados pulou de aproximadamente 900 em 2008 para 1.100 em 2009.

Apesar de o número de municípios brasileiros ser pequeno comparado ao total global da associação, Laloe explica que a população nas cidades brasileiras correspondente equivale a quase 20% do total de municípios pelo mundo associados.

Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
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eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
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Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
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