Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/12/2009 - 13h09

Dilma diz que proposta dos EUA para clima é "decepcionante"

Publicidade

da Reuters

Pré-candidata do governo à Presidência da República, a ministra Dilma Rousseff desembarca na Dinamarca neste domingo com uma crítica contundente aos Estados Unidos: a meta de redução de gases-estufa proclamada pela Casa Branca é "decepcionante".

Chefe da Casa Civil e da delegação brasileira à 15ª Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudança do Clima, em Copenhague, Dilma faz na ocasião sua primeira intervenção na agenda internacional. Levará ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de cortar cerca de 1 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente até 2020.

Polícia liberta quase todos os manifestantes detidos após passeata em Copenhague
China chama enviado dos EUA de "irresponsável" em Copenhague
Após tumultos, cúpula de Copenhague decide restringir acesso de ONGs
Empresas lutam para influenciar negociações de Copenhague

O Brasil foi, voluntariamente, uma das primeiras nações a anunciar metas de redução de emissões. Acredita, com isso, ter reavivado a conferência, presa à resistência de países ricos a adotar medidas mais robustas.

"Tomando como referência os níveis verificados em 1990 (...), a proposta dos Estados Unidos equivale a cortar meros 4% de suas emissões. É decepcionante, para um país que responde por 29% das emissões globais", afirmou a ministra em artigo publicado nesta manhã no jornal "O Estado de S.Paulo".

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um corte em 17% nas emissões, mas tendo como base o ano de 2005. A China, maior emissor global de dióxido de carbono, comprometeu-se a diminuir entre 40% e 45% até 2020.

No geral, as metas até agora propagadas não acompanham o desafio de evitar um colapso climático no mundo.

A questão-chave está em diminuir o desmatamento e definir formas de financiamento por parte dos países ricos para que nações em desenvolvimento --menores emissores mundiais-- possam alavancar ações de redução.

Segundo Dilma, é importante ter números na mesa, mas será igualmente "decepcionante" se a União Europeia fixar objetivos abaixo das expectativas alimentadas nos últimos anos. O Brasil considera insuficiente, por exemplo, qualquer iniciativa em torno de 20% ou abaixo desse patamar.

"Será totalmente frustrante se Copenhague der respostas financeiramente limitadas e institucionalmente incertas", afirmou.

A crise financeira internacional, disse a ministra, não pode ser obstáculo a essa necessária estrutura de financiamento.

"Circunstâncias da economia mundial não justificam o abandono do planejamento multilateral adequado, de longo prazo e com respeito à soberania dos países", acrescentou.

Dilma Rousseff --ex-ministra de Minas e Energia-- vai à conferência mostrar o histórico e o discurso de matriz energética mais limpa do mundo. De acordo com seus próprios dados, usinas hidrelétricas, biocombustíveis e outras fontes renováveis respondem por 45,9% de toda energia consumida no país, marca bem acima da média mundial.

"Nossa matriz energética limpa não caiu do céu (...) Nos últimos 30 anos, a utilização de etanol combustível, anidro ou hidratado, evitou a emissão de mais de 850 milhões de toneladas de CO2 à atmosfera."

"Incentivamos a produção dos automóveis com motores flex, que já são 94% dos carros vendidos hoje no país", argumentou.

O programa de ações voluntárias anunciado pelo Brasil tem por meta diminuir emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020. Para isso, se compromete, entre outras medidas, a reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia e em 40% no cerrado -- corte de 669 milhões de CO2 equivalente, segundo dados do artigo.

"O Brasil vai a Copenhague como o país que já promoveu a maior redução em suas emissões de CO2 (...) Não podemos nos conformar com números mesquinhos, que não levem em conta o estoque acumulado no tempo nem os índices per capita de emissão de CO2 de cada país."

A intervenção de Dilma sobre a agenda verde é vista internamente como forma de conquistar credenciais ambientais para as eleições do ano que vem.

Comentários dos leitores
Miguel Nunes (16) 12/01/2010 18h21
Miguel Nunes (16) 12/01/2010 18h21
Com relação a invasão da FUNASA e São Paulo, o sr excelentissimo presidente da mesma devido a total incompetencia na gestão, assim como todos os cargos onde pessoas assumem pura e simplesmente para obter renda, juram q os protestos são de ordem politica, de ordem politica, são seus cargos q são trocados´por meia duzia ou mais de votos.Existe gente competentissima para exerce-los de forma q em poucos anos terminar-se-á o conflito de terras no Brasil.Os não interessados d q isso aconteça, continuam desmatando, plantando,envenenando rios e corregos.Hoje existem indigenas comendo macacos, tartarugas, e se os pegarem comendo jacares q é carne nobre,iixi da cadeia, mas dá carteira,cintos,bolsas.Vc jamais viu, ou verá algum indigena matando animais q não seje para seu sustento.O interesse do desmatamento, não é para produçao de alimento para conter a fome, mas para outros interesses q prefiro não citar.Nossas gerações futuras vão apontar toda essa incompetencia citando nomes.Com a internet seus nomes serão lembrados por seculos.A nós meros pagadores de impostos, continuaremos pagando e citando seus nomes em conversas de botekim.Só falta a imprensa daki deixar aprovarem essas barbaries todas q o governo ker aprovar.Até ia citar um país onde em poucas horas q vc escreve algo sobre o governo, vc simplesmente some.Prefiro não comentar..Reporter Fotografico e Ambientalista. sem opinião
avalie fechar
Miguel Nunes (16) 07/01/2010 10h44
Miguel Nunes (16) 07/01/2010 10h44
Mais uma da Excelentíssima Governadora Ieda Cruzis. Afinal para q nós aki do sul termos mais uma fonte de informação. A Tve daki, o sinal não chega a todos, pelo ultimo contato com o pessoal da Tve, devido a sinal q não pegava na minha região, de fontes da propria emissora, confidenciaram-me q para alguns da emissora, não tinha importancia o sinal não passar em todo estado.Com programaçao diversificada e de otima qualidade, sinto por nós não a vermos.O governo teria q ter a obrigação de colocar o sinal em todos cantos do estado.Aos profissionais da mesma, nosso profundo respeito por manterem uma programação d qualidade.Ficar colocando nosso dinheiro em viagens para ver tragédias, isso é diversão para poucos.Meus textos são escritos diretos, não costumo fazer um rascunho.Por isso perdoem-me a escrita.Noticia tão bela, não poderia vir de algo q não exala-se perfume, parabéns FLOR.Reporter Fotografico e Ambientalista. sem opinião
avalie fechar
Miguel Nunes (16) 05/01/2010 21h12
Miguel Nunes (16) 05/01/2010 21h12
Com relação a queda de uma parte da ponte sobre o rio jacui.Passei toda minha infancia nakele rio, não via a hora de chegar o sabado, passavamos a semana toda, mulheres e crianças na mais perfeita harmonia.No sabado chegavam todos os pais, primos, tios e amigos q trabalhavam em santa maria.Era akela festa, a pescaria tava feita, traziam o rancho, guloseimas,refrigerantes,e como se nao bastasse, colocavam toda a gurizada no barco na beirinha, e ficavamos pescando.Mais ao longe os maiores colocando rede.Na volta ouviamos sempre a mesma conversa,vc viu o desmatamento aumentou e ja está criando lodo no fundo, mal da para andar.Estou falando da localidade do Cerro chato, as margens do rio.Hoje ao ver as fotos, fikei tomado de profunda emoção ao ver o q fizeram com meu rio.Até qdo meus senhores,teremos q ver nossas lembranças levadas rio abaixo, e o mais grave d tudo, com vidas ceifadas no seu mais tenro florescer.Poderia ter sido eu, minha familia, a sua, a nossa familia humana,retirada pura e simplemente, pelo lucro de poucos q não se preocupam com a vida humana.Com profunda indignação despeço-me.Reporter Fotografico e Ambientalista. sem opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (107)
Termos e condições
Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
avalie fechar
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
avalie fechar
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (496)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página