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23/08/2002 - 10h30

Turistas estrangeiros descobrem o pior e o melhor do Brasil

PAULO CABRAL
da BBC, em Canudos

Nos ônibus que ligam o Rio de Janeiro a Salvador pela BR-116 - a Rio-Bahia - é comum encontrar alguns turistas estrangeiros.

Em geral, são jovens estudantes com pouco dinheiro para um avião, mas muito tempo e disposição para rodar o Brasil.

Assim como os investidores internacionais, esses estrangeiros também vêem problemas no país, mas suas preocupações estão longe do balanço de pagamentos e das reservas internacionais.

Para o italiano Lorenzo Vengala, estudante de pedagogia em Milão que está há um mês no Brasil, o principal problema do país é a má distribuição de renda.

Contraste
"Há um contraste absurdo nas grandes cidades, e também entre as metrópoles e as pequenas cidades", disse enquanto atravessávamos uma pequena vila na estrada.

O estudante lembra que essa situação é péssima, inclusive para os mercados.

"Pouca gente consome", diagnostica.

A francesa Marie Pascoal diz que o Brasil tem de investir muito mais em educação.

"É um absurdo que as crianças tenham de ir a escolas particulares caríssimas para ter uma educação de qualidade."

A francesa também disse que viu cenas de corrupção policial que a chocaram e fez um pedido pelo meio ambiente.

"Protejam a Amazônia", disse.

Riqueza cultural
O namorado de Marie, o músico Nico Bredier, disse que o Brasil tem de dar mais atenção ao que ele considerou a maior riqueza nacional em sua viagem: a cultura.

"Há uma cultura popular impressionante aqui. Vocês têm capoeira, samba, batucada e muitas outras coisas que têm de ser preservadas."

A estudante francesa Aurelie Marat estava lendo um livro de história do Brasil, em francês, quando fui conversar com ela.

Para Aurelie, as ameaças de fim dos investimentos depois das eleições são puro medo da esquerda.

"A esquerda nunca governou o Brasil e, agora que há uma possibilidade, eles têm medo e ficam falando disso."

 

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