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04/09/2002
-
11h34
da enviada especial a Johanesburgo
O secretário de Estado americano, Colin Powell, foi vaiado em seu discurso hoje no último dia da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +10.
Ao falar que a violação dos direitos humanos estava provocando a fome de milhões de pessoas no Zimbábue, Powell teve que interromper seu discurso durante cerca de 30 segundos, por causa das vaias.
Cercado por muitos seguranças, o secretário de Estado americano defendeu que "o livre comércio é a chave para o desenvolvimento".
"Em Johanesburgo, avançamos muito na questão do comércio e do combate à pobreza. Os princípios de Doha e Monterrey foram reafirmados e isso é uma vitória", disse o secretário de Estado americano.
Efeito estufa
Falando em nome do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que não foi à reunião, Powell disse que os Estados Unidos reconhecem a importância do combate ao efeito estufa.
"Por isso, estaremos investindo US$ 1 billhão em projetos para amenizar o aquecimento global," disse Powell.
Sobre pobreza, Powell criticou os países africanos que se recusam a consumir transgênicos, enquanto milhões de pessoas passam fome no continente.
"O milho transgênico é consumido desde 1995 com segurança nos Estados Unidos", explicou Powell.
Origens
O secretário de Estado falou de seus ancestrais africanos e disse que "enquanto houver pessoas na África que passam fome, todos nós estaremos passando fome", disse Powell, que mesmo assim não se livrou das vaias.
Powell disse que os Estados Unidos pretendem aumentar em 50% a sua ajuda aos países pobres, que atingirá US$ 5 bilhões nos próximos três anos.
O secretário de Estado frisou que essa ajuda será para os países democráticos e que praticarem a boa governança, respeitando as leis internacionais.
"Os Estados Unidos também se comprometerão com políticas de combate a Aids, malária e a transmissão vertical do HIV de mãe para filho", explicou Powell.
O discurso de Powell foi muito mal recebido pelos ambientalistas e integrantes de ONGs.
Jacob Scherr, do Conselho de Defesa de Recursos Naturais, dos Estados Unidos, disse que Powell perdeu uma ótima oportunidade de melhorar a posição americana na Conferência.
"Ele falou que vai tentar neutralizar o efeito estufa, mas não propôs nada para conter o problema. Powell também não falou sobre nenhuma mudança nos padrões de consumo americanos, que é um ponto bastante conflitante na agenda da Conferência.
Ele fala de parcerias, de dinheiro, mas não falou nada de concreto como, por exemplo, transferência de tecnologia americana para os países pobres", criticou.
Colin Powell é vaiado durante discurso na Rio +10
MARIANA TIMÓTEO DA COSTAda enviada especial a Johanesburgo
O secretário de Estado americano, Colin Powell, foi vaiado em seu discurso hoje no último dia da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +10.
Reuters - 5.jun.2002 |
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA |
Cercado por muitos seguranças, o secretário de Estado americano defendeu que "o livre comércio é a chave para o desenvolvimento".
"Em Johanesburgo, avançamos muito na questão do comércio e do combate à pobreza. Os princípios de Doha e Monterrey foram reafirmados e isso é uma vitória", disse o secretário de Estado americano.
Efeito estufa
Falando em nome do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que não foi à reunião, Powell disse que os Estados Unidos reconhecem a importância do combate ao efeito estufa.
"Por isso, estaremos investindo US$ 1 billhão em projetos para amenizar o aquecimento global," disse Powell.
Sobre pobreza, Powell criticou os países africanos que se recusam a consumir transgênicos, enquanto milhões de pessoas passam fome no continente.
"O milho transgênico é consumido desde 1995 com segurança nos Estados Unidos", explicou Powell.
Origens
O secretário de Estado falou de seus ancestrais africanos e disse que "enquanto houver pessoas na África que passam fome, todos nós estaremos passando fome", disse Powell, que mesmo assim não se livrou das vaias.
Powell disse que os Estados Unidos pretendem aumentar em 50% a sua ajuda aos países pobres, que atingirá US$ 5 bilhões nos próximos três anos.
O secretário de Estado frisou que essa ajuda será para os países democráticos e que praticarem a boa governança, respeitando as leis internacionais.
"Os Estados Unidos também se comprometerão com políticas de combate a Aids, malária e a transmissão vertical do HIV de mãe para filho", explicou Powell.
O discurso de Powell foi muito mal recebido pelos ambientalistas e integrantes de ONGs.
Jacob Scherr, do Conselho de Defesa de Recursos Naturais, dos Estados Unidos, disse que Powell perdeu uma ótima oportunidade de melhorar a posição americana na Conferência.
"Ele falou que vai tentar neutralizar o efeito estufa, mas não propôs nada para conter o problema. Powell também não falou sobre nenhuma mudança nos padrões de consumo americanos, que é um ponto bastante conflitante na agenda da Conferência.
Ele fala de parcerias, de dinheiro, mas não falou nada de concreto como, por exemplo, transferência de tecnologia americana para os países pobres", criticou.
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