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07/10/2003 - 10h40

Para psicólogos, pesquisa sobre "coversão de gays" é limitada

MARCELO TORRES
da BBC, em Londres

Uma pesquisa da Universidade Columbia, da Cidade de Nova York, que diz ser possível mudar a orientação sexual de gays e lésbicas está causando polêmica nos meios acadêmicos.

O autor do estudo, Robert Spitzer, fez 200 entrevistas por telefone com pessoas indicadas por igrejas ou outras instituições que oferecem terapia para "reverter a orientação sexual".

Ele concluiu que, nesse grupo, aparentemente a maioria das pessoas passaram a ter práticas predominantemente heterossexuais depois de uma terapia que prevê "afastar a tentação" e evitar "pensamentos eróticos".

Mas o cientista disse que foram poucos os casos de mudança completa.

Testes

Entre os participantes do estudo, 143 eram homens e 57 eram mulheres, que haviam tido práticas homossexuais por, pelo menos, cinco anos.

A entrevista feita por telefone avaliou quatro aspectos da sexualidade: a atração por pessoas do mesmo sexo; a fantasia; o desejo platônico; e o quanto os entrevistados mostravam em público sua orientação sexual.

O cientista comparou o comportamento um ano antes da entrevista e o que havia mudado depois que os participantes da pesquisa se submeteram ao polêmico tratamento.

A terapia conhecida como "reparativa" basicamente condiciona os pacientes a uma nova prática sexual.

O próprio autor reconhece que a terapia deveria ser aplicada apenas a homossexuais que não estejam felizes com sua opção, o que ele afirma ser a minoria.

Spitzer também disse que, como as entrevistas foram feitas por telefone, muitos entrevistados podem ter mentido.

Ele acredita, porém, que a maioria foi sincera em suas respostas.
 

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