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18/06/2007 - 09h20

"FBI brasileiro" enfrenta peixes grandes da corrupção, diz jornal

da BBC Brasil

As operações anti-corrupção da Polícia Federal brasileira, com suas dezenas de prisões de pessoas importantes, "marcam uma nova fase em potencial na luta aparentemente sem fim do Brasil contra os subornos", afirma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário americano "The Christian Science Monitor".

"Pela primeira vez na história recente a Polícia Federal e outros órgãos de controle como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União estão atacando seriamente a corrupção, dizem especialistas em direito civil", relata o jornal.

Sob o título "O FBI brasileiro enfrenta os peixes-grandes da corrupção", a reportagem diz que "a PF, um órgão semelhante ao FBI americano, está longe da perfeição, mas está mais diligente e independente do que já foi no passado".

Para o jornal, as operações da PF "estão dando alguma esperança de que a corrupção que corrói a sociedade brasileira é superável".

A reportagem observa, porém, que "a tática cada vez mais agressiva da Polícia Federal, combinada com os esforços diligentes dos promotores, ainda são apenas pequenos passos no caminho para uma sociedade mais justa".

"Apesar de que mais de 5 mil pessoas foram detidas nas operações da PF nos últimos cinco anos, apenas uma pequena fração delas foi realmente julgada e condenada", diz.

Ainda assim, comenta o jornal, "muitas pessoas comemoraram as ações vigorosas do órgão como um sinal animador de que as coisas estão mudando". "Até mesmo o presidente, após apoiar os esforços do irmão para se desvencilhar de acusações, elogiou a Polícia Federal por 'realizar um papel exemplar'", diz o texto.

MST muda imagem

O 5º Congresso do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), realizado na semana passada em Brasília, voltou a ser tema de reportagem nesta segunda-feira no diário espanhol "El País", que afirma que o grupo optou "por uma mudança de imagem".

"Os dirigentes do MST deixaram claro que o movimento 'vai mudar radicalmente nos próximos meses', nas palavras de seu principal dirigente, João Pedro Stédile, que chegou a admitir que a luta para ocupar terras e reparti-las entre os trabalhadores rurais fracassou e que o modelo atual de reforma agrária, sonhado durante 20 anos pelo MST, já não serve, porque, em sua opinião, contribuiu para 'aumentar a pobreza, porque faveliza o campo'", relata o jornal.

A reportagem observa ainda que "Stédile explicou no congresso que os Sem-Terra não podem competir com a indústria agropecuária, que no ano passado exportou US$ 49,9 bilhões, uma cifra recorde para o setor".

"O certo é que o MST vem em crise há tempos. Enquanto o Brasil se modernizava e chegava ao poder um aliado, o ex-sindicalista Lula, o MST continuou defendendo suas velhas idéias, incapaz de abandonar os lemas marxistas e apegado à nostalgia da revolução proletária em um país cuja política econômica, propiciada pelo próprio Lula, é cada dia mais neoliberal", diz a reportagem.

 

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