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Ronald Biggs faz novo pedido por liberdade da prisão
da BBC Brasil
O britânico Ronald Biggs, famoso por sua participação no célebre Assalto ao Trem Pagador, em 1963, e por sua posterior fuga ao Brasil, entrou com um novo pedido de liberdade da prisão, por razões "humanitárias".
Biggs, 77, havia sido transferido no mês passado da prisão de segurança máxima londrina de Belmarsh para a prisão de Norwich pela mesma razão, após sofrer derrames cerebrais e ataques do coração que o deixaram seriamente doente.
As autoridades britânicas haviam rejeitado anteriormente todos os pedidos de Biggs por liberdade.
Biggs foi condenado a 30 anos de prisão por envolvimento no famoso assalto em 1963 e cumpre o resto da pena, já que fugiu da prisão apenas após 15 meses preso.
Fuga ao Brasil
Depois de fugir da prisão em 1964, Biggs passou pela França e pela Austrália, antes de se radicar no Brasil.
Como o país não tem um acordo de extradição com o Reino Unido, Biggs viveu no país até 2001, quando decidiu voltar, por enfrentar graves problemas de saúde.
O filho de Biggs, Mike, nascido no Brasil, disse esperar que as autoridades britânicas decidam agora pela liberdade de seu pai.
Em entrevista à BBC Brasil no mês passado, após a transferência de prisão Mike disse que o estado de saúde do pai é muito precário.
"Ele não fala, só pode se comunicar por meio de um alfabeto, se alimenta com o auxílio de tubos e praticamente não anda", concluiu Mike Biggs.
Em seu pedido feito ao ministro da Justiça, Jack Straw, o advogado de Biggs, Giovanni Di Stefano, diz que seu cliente "agradece pela transferência" de prisão, mas afirma que ela "não pode em nenhum momento compensar a necessidade e a urgência" de Biggs em "passar o tempo que lhe resta de vida com sua família, por razões humanitárias".
O advogado disse ainda ter uma petição com 7.000 assinaturas pedindo à rainha que exerça sua prerrogativa de perdoar o prisioneiro.
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