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13/08/2007 - 18h41

Bicho de estimação pode atrapalhar vida amorosa, diz pesquisa

da BBC Brasil

Os solteiros britânicos estão se voltando cada vez mais para seus bichos de estimação em busca de companhia, sugere uma pesquisa encomendada por uma das maiores agências de relacionamentos do Reino Unido, a Parship.

A agência diz, no entanto, que os solteiros que possuem animais podem estar colocando em risco suas chances de romance.

Ter um bicho de estimação reduziria em 40% as probabilidades de encontrar o amor, segundo o levantamento.

O estudo, realizado em parceria com a empresa britânica de pesquisas de marketing YouGov, revelou que quase a metade (47%) dos 13 milhões de solteiros do país possui hoje um bicho de estimação, gastando em média US$ 1.800 por ano com seu animal e dedicando anualmente cerca de 21 dias ao seu bem-estar.

Tratar animais como crianças, dividir sua cama com seu bicho de estimação, mimar o animal com acessórios caros ou possuir dois ou mais bichos são alguns dos hábitos que impediriam os solteiros de se relacionar com outras pessoas.

Além disso, 25% dos solteiros britânicos que possuem bichos disseram que se tivessem de escolher entre seu animal e um novo parceiro, optariam pelo animal.

As implicações podem ser sérias, já que os solteiros britânicos possuem 1,24 milhão de gatos, 1,18 milhão de cachorros, 624 mil peixes, 436.800 hamsters, ratos ou outros roedores, 187.200 pássaros, 124 mil cavalos, burros ou porcos, 64 mil cobras e 120 mil animais exóticos --o que inclui aranhas e insetos.

Dois mil solteiros britânicos participaram do estudo. Cerca de metade deles possuía um bicho de estimação.

Os pesquisadores investigaram vários aspectos do relacionamento dos entrevistados com seus animais de estimação ou, entre os que não possuíam bichos, sua opinião em relação a um possível relacionamento com pessoas que têm bichos de estimação.

Prioridade

Quase dois terços (58%) dos entrevistados que tinham bichos disseram que amam seu animal e o consideram um membro da família, comparados com apenas 27% dos que amam seu bicho como um animal e não como a um outro ser humano.

Alguns dos entrevistados disseram que amam tanto seu animal que colocariam os "sentimentos" do bicho acima dos seus próprios ou dos do parceiro.

Um quarto (25%) dos entrevistados que possuem um bicho de estimação disseram que, caso o parceiro desenvolvesse uma alergia ao animal, pediriam que ele ou ela se mudasse.

Um terço dos homens (32%) e um quinto das mulheres (19%) disseram que achariam um novo lar para o bicho.

A psiquiatra e especialista em relacionamentos da Parship Victoria Lukats disse que, de maneira geral, o investimento emocional das pessoas em seus animais é grande, mas a proporção dos que tratam o bicho como um parceiro ou como uma criança é pequena.

"Ao invés daquele estereótipo da solteirona com vários gatos, a realidade é que muitos solteiros simplesmente gostam de ter um animal de estimação, mas provavelmente colocariam seu relacionamento em primeiro lugar", disse Victoria.

Ela diz que, desde que haja um equilíbrio e que donos de animais não evitem atividades sociais, ter um animal não vai interferir na sua vida amorosa.

"Mas talvez seja sábio levar em conta os resultados dessa pesquisa", acrescentou. "Se há potencial para um relacionamento de longo prazo, talvez seja melhor não ficar se gabando de quanto você mima seu animal e evitar fazer declarações enfáticas sobre como seu animal está em primeiro lugar, especialmente nos primeiros encontros."

 

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