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20/08/2007 - 17h29

Presidente da França defende castração química de pedófilos

da BBC Brasil

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu nesta segunda-feira a castração química de pedófilos ao anunciar uma série de medidas que reforçam a punição de pessoas que cometeram crimes de natureza sexual.

Entre as medidas anunciadas está a construção de um hospital especial para pedófilos, na cidade de Lyon, e a determinação de que pessoas condenadas por crimes sexuais só ganhem a liberdade quando médicos concluírem que elas não são mais perigosas.

No caso de pedófilos, Sarkozy disse que "aqueles que aceitarem tratamento poderão receber permissão para deixar o hospital, desde que usem um rastreador eletrônico e enquanto estiverem recebendo tratamento hormonal. Você pode chamar isso de castração química, goste ou não goste: eu não tenho medo de palavras".

Sarkozy fez o anúncio depois de um médico de uma penitenciária ter reconhecido que receitou Viagra --uma droga que ajuda a homens com problemas de ereção-- a um pedófilo. Depois de ser libertado da prisão, o criminoso atacou uma criança.

Castração

"Eu queria me reunir com o ministro da Justiça, com o ministro da Saúde, com o primeiro-ministro e com o ministro do Interior para tirar conclusões sobre essa situação inaceitável que chocou tanto os franceses", disse Sarkozy.

"Ao final de suas sentenças, os prisioneiros que estiverem nessa categoria [de condenados por pedofilia] serão examinados por uma junta médica e, se essa junta médica concluir que eles são perigosos, eles não serão libertados. Eles irão para um hospital, onde serão tratados", afirmou o presidente francês.

No caso que chocou a França, Francis Evrard, que havia sido condenado por pedofilia e passou os últimos 30 anos na prisão, pediu em junho ao médico da prisão que lhe receitasse Viagra.

Em julho, ele foi libertado após ter servido 18 dos seus 27 anos de sentença. Neste mês, ele seqüestrou um menino de cinco anos e o atacou.

O médico responsável pela receita se defendeu dizendo não ter tido acesso ao histórico criminal de Evrard.

Sarkozy anunciou também que condenados por crimes sexuais não poderão mais ser libertados antes do final do período a que foram condenados --como ocorreu com Evrard.

As medidas anunciadas pelo presidente devem ser incluídas em um pacote de reforma do sistema penitenciário francês, que deve ser analisado pelo Legislativo em novembro.

 

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