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05/10/2007 - 05h28

Estudo sobre "bomba gay" ganha prêmio Ig Nobel

da BBC Brasil

Uma pesquisa pioneira sobre uma "bomba gay" que faz com que soldados das forças inimigas se tornem "sexualmente irresistíveis" uns para os outros recebeu este ano um dos prêmios Ig Nobel, uma versão bem humorada do prêmio Nobel.

Entre os outros vencedores estão um trabalho para tratar de jet-lag em hamsters com drogas contra a impotência, a extração de baunilha de esterco e os efeitos colaterais de se engolir espadas.

Os prêmios Ig Nobel, criados em 1991, são destinados a pesquisas que "primeiro fazem a pessoa rir, e depois pensar". Eles são obra da revista Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável - AIR, em inglês).

A cerimônia de entrega do prêmio foi na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Ganhadores do verdadeiro Nobel entregaram um troféu feito à mão e um diploma para os contemplados com o Ig Nobel, que não inclui prêmio em dinheiro.

Dan Meyer, diretor-executivo da Associação Internacional de Engolidores de Espada e autor de um trabalho científico no British Medical Journal sobre os efeitos colaterais da prática, disse: "Eu fiquei surpreso e extremamente honrado quando descobri que não apenas havia sido nomeado para o Ig Nobel, mas que tinha sido vitorioso. Eu não acreditei."

Meyer disse à BBC que o estudo revelou que quando um profissional engole uma única espada com muito cuidado, ela não é tão prejudicial, mas quando engole várias lâminas de formatos estranhos, ou se distrai quando engole, pode sofrer ferimentos.

As conclusões também sugeriram que os engolidores de espadas não devem fazer isso se estão com dor de garganta, afirmou.

Infelizmente, ninguém das forças armadas dos Estados Unidos que realizou a pesquisa sobre a "bomba gay" compareceu à cerimônia porque os autores do estudo não puderam ser localizados, disseram os organizadores do Ig Nobel.

Marc Abrahams, editor da AIR, disse à BBC: "Quando eu me tornei editor de uma revista científica, de repente estava encontrando todo o tipo de gente que tinha feito coisas difíceis de descrever e de que, na maioria, ninguém nem tinha ouvido falar."

"Para alguns deles, parecia uma vergonha que ninguém manifestasse algum reconhecimento, e isso é que levou à criação do Ig Nobel."

Como os prêmios Nobel, os Ig Nobel são divididos em várias categorias e as pesquisas são de verdade e precisam ter sido publicadas.

Medicina - Brain Witcombe e Dan Meyer pelo trabalho sobre as conseqüências de se engolir uma espada.

Física - Uma equipe chileno-americana que pesquisou o problema de como lençóis ficam enrugados.

Biologia - Johanna van Bronswijk, da Holanda, por um censo de insetos, aranhas, fungos e outras criaturas que compartilham de nossas camas.

Química - Mayu Yamamoto, do Japão, que desenvolveu um método para extrair fragrância de baunilha de fezes bovinas.

Lingüística - Uma equipe da Universidade de Barcelona por mostrar que ratos não conseguem distinguir a diferença entre uma pessoa que fala japonês de trás para frente e outra que fala holandês da mesma forma.

Literatura - Glenda Browne, da Austrália, por seu estudo sobre o artigo "the" (o, os, a, as, em português) e seu tratamento por pessoas que querem colocar as coisas em ordem alfabética.

Paz - Laboratório Wright da Força Aérea dos Estados Unidos, por instigar pesquisa e desenvolvimento de uma arma química que provocaria comportamento homossexual generalizado entre soldados inimigos.

Nutrição - Brian Wansink da Universidade Cornell por investigar os limites do apetite humano ao alimentar voluntários com um prato de sopa que nunca se esvazia.

Economia - Kuo Cheng Hsieh, de Taiwan, por patentear um artefato que pode pegar ladrões de banco lançando uma rede para prendê-los.

Aviação - Uma equipe da Universidade Nacional de Quilmes, na Argentina, por descobrir que medicamentos contra a impotência podem ajudar hamsters a se recuperarem de jet-lag.

 

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