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20/12/2007 - 08h55

Emergentes terão "teste de força" em 2008, diz "Financial Times"

da BBC Brasil

Os mercados dos países emergentes passaram praticamente incólumes à crise neste ano, mas enfrentarão seu verdadeiro teste de força em 2008, quando as condições da economia mundial devem piorar, afirma artigo publicado nesta quinta-feira pelo diário britânico "Financial Times".

"Uma das características mais notáveis da atual turbulência no mercado de crédito tem sido a espetacular performance dos mercados emergentes --e sua resistência em meio a uma das mais graves crises financeiras da história recente", diz o jornal.

O "Financial Times" afirma então que "o verdadeiro teste para a recém conseguida força do setor virá no próximo ano, quando as condições econômicas e de mercado globais devem piorar".

Segundo o jornal, "há razões para ficar otimista". "A atual crise, ao contrário de muitas no passado, foi originada no mundo financeiro ocidental, não nos mercados emergentes, que vêm desfrutando de uma alta constante por cinco anos", diz o artigo.

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O texto comenta que apesar da onda de más notícias vindas dos mercados de crédito desde o meio do ano, os investidores continuaram a jogar seu dinheiro nos fundos de mercados emergentes.

Para o jornal, "parte desse sentimento de euforia dos investidores está sendo alimentado pelo fato de que economias emergentes --com poucas exceções-- estão em situação melhor do que nunca para vencer as dificuldades financeiras".

"Muitos governos vêm abatendo sua dívida pública, têm conseguido superávits em suas contas correntes e têm grandes reservas em moedas fortes. Como grupo, os mercados emergentes são credores líquidos dos Estados Unidos", comenta o artigo.

Além disso, observa o jornal, muitos países emergentes são exportadores de commodities, que tiveram grandes altas nos últimos anos. "O boom das commodities é uma das razões pela qual a África está atraindo um crescente interesse dos investidores", acrescenta.

O "Financial Times" comenta, porém, que uma eventual queda abrupta das commodities poderia prejudicar grande parte das economias emergentes, principalmente na América Latina, incluindo o Brasil.

"Dados os riscos potenciais e a provável volatilidade, os investidores serão provavelmente cada vez mais cuidadosos com seus investimentos em 2008. Em outras palavras, o otimismo sobre um sexto ano consecutivo de alta --que seria sem precedentes-- está sendo temperado com uma grande dose de cautela", conclui o artigo.

 

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