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08/12/2004 - 06h07

Protocolo de Kyoto é baseado em 'má ciência', dizem EUA

ELIZABETH BLUNT
da BBC Brasil, em Buenos Aires

Os Estados Unidos afirmaram numa conferência da ONU sobre aquecimento global que não têm intenção de se aliar aos esforços internacionais para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

O negociador-chefe americano no encontro em Buenos Aires descartou a possibilidade de seu país aderir ao Protocolo de Kyoto nos próximos anos.

Harlan Watson disse aos jornalistas que a iniciativa de redução de emissões é baseada em "má ciência".

Em vez disso, acrescentou, os americanos estão concentrados na implementação dos planos de George W. Bush para promover eficiência no setor energético.

Próxima fase

No início do encontro na Argentina, as delegações pareciam buscar abrir caminho para a entrada dos EUA nos esforços para reduzir o aquecimento global.

Participantes sugeriram que, na próxima fase de medidas com este objetivo, após 2012, os países poderiam adotar caminhos diferentes rumo à mesma finalidade.

Os Estados Unidos costumam repetir que estão dispostos a agir para lidar com as mudanças climáticas, mas que escolheram um caminho distinto.

Harlan Watson afirmou numa entrevista coletiva que este não é o momento para o seu país reavaliar suas políticas.

Segundo ele, o presidente George W. Bush tem um programa de dez anos para reduzir em 18% as emissões de carbono da economia americana até 2012.

O governo, acrescentou, está totalmente comprometido a levar adiante o programa e quer esperar para ver os resultados.

Watson, porém, admitiu que, mesmo que os Estados Unidos atinjam as suas metas, ainda estarão produzindo de cerca de 16% mais gases-estufa, enquanto o resto do mundo industrializado quer uma redução em termos absolutos.

O delegado americano condenou duramente a forma como o mundo está lidando com as mudanças do clima, afirmando que o acordo de Kyoto é um documento político sem base em ciência de verdade.

Watson disse que o protocolo valoriza mais o fato de os países concordarem do que com a ação propriamente dita.

E ele desafiou qualquer um dos signatários de Kyoto a adotar os mesmos passos que os Estados Unidos vêm adotando na prática.

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