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08/03/2008 - 08h14

Chávez pode emergir como "perdedor" da crise, diz jornal britânico

da BBC

Em uma análise sobre a trégua na crise diplomática na América do Sul, o jornal britânico "The Guardian" afirma em uma reportagem publicada na edição deste sábado que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pode emergir como o "perdedor, apesar da demonstração de diplomacia".

O jornal afirma que a resposta de Chávez à crise entre o Equador e a Colômbia não foi bem recebida pelos venezuelanos, que estariam "apavorados" com as atitudes do líder. Além disso, a reportagem comenta ainda uma pesquisa de opinião na qual os equatorianos e colombianos afirmaram que não receberam bem a interferência do presidente venezuelano na crise.

O "Guardian" ressalta também que muitos colombianos se questionam: "Por que entrar em uma briga que aconteceu na outra parte nos Andes? E por que anunciar um minuto de silêncio pela morte do comandante das Farc e não pela morte de 46 venezuelanos, vítimas de um acidente de avião na semana anterior?", afirma o jornal.

Sobre a participação de Chávez, a reportagem do "Guardian" afirma ainda que, durante a crise diplomática, "apesar do aparente blefe militar, não há dúvida de que Chávez estaria direcionando os eventos".

Segundo o jornal, quando Correa soube da incursão colombiana no território do Equador, agiu com moderação, mas mudou de postura no dia seguinte, "quando Chávez, falando no programa Alô Presidente, ordenou a mobilização das tropas e chamou Bogotá de servente de Washington".

Crédito

Com Chávez classificado como o "perdedor em potencial", o "Guardian" afirma que o presidente do Equador, Rafael Correa, e da Colômbia, Álvaro Uribe, provavelmente serão avaliados "com crédito" no final da crise.

De acordo com a reportagem, a decisão de Uribe de atacar as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foi popular entre os colombianos e, do lado equatoriano, a população apoiou a atitude "rigorosa e firme" do presidente Rafael Correa à incursão no seu território.

 

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