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08/01/2005
-
22h29
da BBC Brasil
Um atentado reivindicado por um grupo palestino na noite desta sexta-feira, respondido com ameaças pelo governo de Israel, elevou a tensão na véspera das eleições palestinas, marcadas para este domingo.
No atentado, um soldado israelense morreu e outros três ficaram feridos em um ataque a tiros, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia. O grupo militante palestino Brigada dos Mártires de al Aqsa assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Em resposta, Israel ameaçou cancelar as medidas que havia prometido para facilitar as eleições: retirar seus soldados dos centros das cidades palestinas, facilitar o trânsito de eleitores e permitir que policiais palestinos circulem armados pelas ruas.
Os militares israelenses também determinaram um toque de recolher no povoado de Betah --onde acreditam que os responsáveis pelo ataque estão escondidos--, mas afirmaram que as urnas já estão no povoado e que os moradores poderão votar livremente.
Apesar de Israel não ter cumprido formalmente as ameaças, líderes palestinos afirmam constantemente que os israelenses não estão facilitando as eleições como dizem.
Seqüestro
Em outro exemplo da elevada tensão, dois jornalistas espanhóis foram seqüestrados por um grupo militante islâmico no sul da faixa de Gaza.
O correspondente do jornal "El País", Ramon Lobo, e a fotógrafa que estava com ele, Carmen Secanella, ficaram em cativeiro por cerca de uma hora, mas depois foram entregues pelos militantes a policiais palestinos.
Na manhã de sábado, um delegado de polícia palestino foi morto a tiros pelos militares israelenses na faixa de Gaza.
A família do polícia disse que ele estava apenas voltando para casa, mas os israelenses afirmam que ele se aproximou de uma zona restrita armado com um fuzil.
Eleição
Os três mil postos de votação instalados para as eleições palestinas vão ficar abertos de 7h (3h em Brasília) até as 19h (15h em Brasília).
Quase 2 milhões de palestinos estão registrados para votar, mas analistas dizem que o número de eleitores que de fato decidirem ir às urnas é que vai ser o fator mais determinante da legitimidade desta eleição.
Os resultados oficiais devem ser anunciados na manhã da próxima sexta-feira.
No entanto, como as pesquisas indicam uma liderança folgada do candidato Mahmoud Abbas, a pesquisa de boca-de-urna que será realizada pela Universidade Bir Zeit deve dar, já na noite de domingo, uma idéia clara do desempenho dos candidatos.
Abbas --o candidato escolhido pelo Fatah, o grupo de Iasser Arafat-- vem liderando consistentemente as pesquisas de intenção de voto com cerca de 60% das preferências, embora tenha apresentado uma queda de alguns pontos percentuais nas últimas projeções, divulgadas na noite deste sábado.
Especial
Leia mais sobre a eleição palestina
Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
Tensão aumenta na véspera das eleições palestinas
PAULO CABRALda BBC Brasil
Um atentado reivindicado por um grupo palestino na noite desta sexta-feira, respondido com ameaças pelo governo de Israel, elevou a tensão na véspera das eleições palestinas, marcadas para este domingo.
No atentado, um soldado israelense morreu e outros três ficaram feridos em um ataque a tiros, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia. O grupo militante palestino Brigada dos Mártires de al Aqsa assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Em resposta, Israel ameaçou cancelar as medidas que havia prometido para facilitar as eleições: retirar seus soldados dos centros das cidades palestinas, facilitar o trânsito de eleitores e permitir que policiais palestinos circulem armados pelas ruas.
Os militares israelenses também determinaram um toque de recolher no povoado de Betah --onde acreditam que os responsáveis pelo ataque estão escondidos--, mas afirmaram que as urnas já estão no povoado e que os moradores poderão votar livremente.
Apesar de Israel não ter cumprido formalmente as ameaças, líderes palestinos afirmam constantemente que os israelenses não estão facilitando as eleições como dizem.
Seqüestro
Em outro exemplo da elevada tensão, dois jornalistas espanhóis foram seqüestrados por um grupo militante islâmico no sul da faixa de Gaza.
O correspondente do jornal "El País", Ramon Lobo, e a fotógrafa que estava com ele, Carmen Secanella, ficaram em cativeiro por cerca de uma hora, mas depois foram entregues pelos militantes a policiais palestinos.
Na manhã de sábado, um delegado de polícia palestino foi morto a tiros pelos militares israelenses na faixa de Gaza.
A família do polícia disse que ele estava apenas voltando para casa, mas os israelenses afirmam que ele se aproximou de uma zona restrita armado com um fuzil.
Eleição
Os três mil postos de votação instalados para as eleições palestinas vão ficar abertos de 7h (3h em Brasília) até as 19h (15h em Brasília).
Quase 2 milhões de palestinos estão registrados para votar, mas analistas dizem que o número de eleitores que de fato decidirem ir às urnas é que vai ser o fator mais determinante da legitimidade desta eleição.
Os resultados oficiais devem ser anunciados na manhã da próxima sexta-feira.
No entanto, como as pesquisas indicam uma liderança folgada do candidato Mahmoud Abbas, a pesquisa de boca-de-urna que será realizada pela Universidade Bir Zeit deve dar, já na noite de domingo, uma idéia clara do desempenho dos candidatos.
Abbas --o candidato escolhido pelo Fatah, o grupo de Iasser Arafat-- vem liderando consistentemente as pesquisas de intenção de voto com cerca de 60% das preferências, embora tenha apresentado uma queda de alguns pontos percentuais nas últimas projeções, divulgadas na noite deste sábado.
Especial
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