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21/01/2005
-
22h05
da BBC Brasil, em Washington
O Partido Democrata, em minoria nas duas casas do Congresso americano, já começou a colocar em prática no Senado a estratégia de pelo menos dificultar a vida do governo.
Analistas dizem que o partido está perdido, depois da derrota eleitoral tanto no Executivo como no Congresso, e que a mudança política nos Estados Unidos em direção a uma posição mais conservadora torna as coisas ainda mais difíceis para o partido de oposição.
Sem maioria para aprovar projetos, os democratas já disseram que pretendem utilizar artifícios regimentares para dificultar a aprovação de projetos de interesse do governo.
O primeiro desses atos foi colocado em prática já no dia da posse, quando se esperava que o Senado aprovasse a confirmação da secretária de Estado indicada Condoleezza Rice para o cargo.
Os democratas exigiram que o assunto fosse posto em debate em todo o plenário, por nove horas, adiando a votação para pelo menos quarta-feira.
Powell fica mais
O governo contava com a aprovação de Rice já na quinta-feira, para que ela fosse empossada pelo presidente George W. Bush no mesmo dia ou no máximo na sexta-feira.
A aprovação de Rice é tida como certa, já que os republicanos controlam 55 das 100 cadeiras no Senado, mas o adiamento impediu que o secretário demissionário, Colin Powell, deixasse o cargo nesta semana, como estava previsto.
Powell já havia se despedido dos funcionários na quarta-feira, e a viagem para a Ásia para avaliar os efeitos do maremoto era considerada sua última no cargo.
Sem a aprovação de Rice, ele viaja neste fim de semana para Kiev, na Ucrânia, onde representa o presidente Bush na posse do presidente eleito Viktor Yushchenko.
Numa nota oficial, o Departamento de Estado parabeniza o povo ucraniano "pela coragem que eles tiveram em lutar pelos seus direitos democráticos" e diz que os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com Yushchenko e fortalecer a cooperação com a Ucrânia.
Na sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Condoleezza Rice enfrentou perguntas duras da senadora democrata Barbara Boxer, da Califórnia, que cobrou declarações da então assessora para assuntos de segurança do presidente sobre os motivos para atacar o Iraque.
Boxer e o senador John Kerry, candidato derrotado à Presidência, foram os únicos a votar contra a nomeação de Condoleezza Rice, porque não ficaram satisfeitos com as respostas que ela deu em relação à guerra no Iraque.
Na quarta-feira, dia anterior à posse de Bush, o Partido Democrata veiculou na TV um anúncio assinado pelo presidente do partido, Terry McAuliffe, parabenizando Bush e dizendo que o partido estava ansioso para trabalhar com ele, mas alerta que não abandonar seus velhos princípios.
"Na Seguridade Social, não vamos deixar que (Bush) acabe com as garantias fundamentais, na área tributária, vamos lutar contra seus esforços para jogar o peso para famílias trabalhadoras e vamos exigir uma política externa honesta", diz o texto do anúncio.
Sem maioria, democratas usam artifícios para dificultar governo Bush
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Washington
O Partido Democrata, em minoria nas duas casas do Congresso americano, já começou a colocar em prática no Senado a estratégia de pelo menos dificultar a vida do governo.
Analistas dizem que o partido está perdido, depois da derrota eleitoral tanto no Executivo como no Congresso, e que a mudança política nos Estados Unidos em direção a uma posição mais conservadora torna as coisas ainda mais difíceis para o partido de oposição.
Sem maioria para aprovar projetos, os democratas já disseram que pretendem utilizar artifícios regimentares para dificultar a aprovação de projetos de interesse do governo.
O primeiro desses atos foi colocado em prática já no dia da posse, quando se esperava que o Senado aprovasse a confirmação da secretária de Estado indicada Condoleezza Rice para o cargo.
Os democratas exigiram que o assunto fosse posto em debate em todo o plenário, por nove horas, adiando a votação para pelo menos quarta-feira.
Powell fica mais
O governo contava com a aprovação de Rice já na quinta-feira, para que ela fosse empossada pelo presidente George W. Bush no mesmo dia ou no máximo na sexta-feira.
A aprovação de Rice é tida como certa, já que os republicanos controlam 55 das 100 cadeiras no Senado, mas o adiamento impediu que o secretário demissionário, Colin Powell, deixasse o cargo nesta semana, como estava previsto.
Powell já havia se despedido dos funcionários na quarta-feira, e a viagem para a Ásia para avaliar os efeitos do maremoto era considerada sua última no cargo.
Sem a aprovação de Rice, ele viaja neste fim de semana para Kiev, na Ucrânia, onde representa o presidente Bush na posse do presidente eleito Viktor Yushchenko.
Numa nota oficial, o Departamento de Estado parabeniza o povo ucraniano "pela coragem que eles tiveram em lutar pelos seus direitos democráticos" e diz que os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com Yushchenko e fortalecer a cooperação com a Ucrânia.
Na sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Condoleezza Rice enfrentou perguntas duras da senadora democrata Barbara Boxer, da Califórnia, que cobrou declarações da então assessora para assuntos de segurança do presidente sobre os motivos para atacar o Iraque.
Boxer e o senador John Kerry, candidato derrotado à Presidência, foram os únicos a votar contra a nomeação de Condoleezza Rice, porque não ficaram satisfeitos com as respostas que ela deu em relação à guerra no Iraque.
Na quarta-feira, dia anterior à posse de Bush, o Partido Democrata veiculou na TV um anúncio assinado pelo presidente do partido, Terry McAuliffe, parabenizando Bush e dizendo que o partido estava ansioso para trabalhar com ele, mas alerta que não abandonar seus velhos princípios.
"Na Seguridade Social, não vamos deixar que (Bush) acabe com as garantias fundamentais, na área tributária, vamos lutar contra seus esforços para jogar o peso para famílias trabalhadoras e vamos exigir uma política externa honesta", diz o texto do anúncio.
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