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07/02/2005 - 17h14

Negroponte, do MIT, diz que vai criar laptop de US$ 100

JULIAN SIDDLE
da BBC Brasil

Nicholas Negroponte, presidente e fundador do Media Labs, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês), disse em uma entrevista à BBC que quer começar a vender no ano que vem um laptop de apenas US$ 100 (cerca de R$ 260).

Ele afirmou que já está negociando a venda do equipamento com o governo da China, que estaria interessado em fazer uma grande encomenda.

"Na China, eles gastam US$ 17 por criança por ano em livros-texto --isso por cinco ou seis anos", diz Negroponte.

"Então, se pudermos distribuir e vender 1 milhão ou mais laptops para o Ministério da Educação, isso seria mais barato e todos os gastos com marketing desapareceriam."

O computador de Negroponte funcionaria com o sistema operacional Linux, cujo uso é gratuito.

"Seria muito importante para o desenvolvimento não só da criança como da família inteira, do vilarejo e da comunidade", afirmou Negroponte, que gostaria de ver um laptop por criança.

Tela

Para ele, o computador poderia ser usado como livro escolar pelas crianças.

"Temos que baixar o custo da tela para menos de US$ 20 e, para isso, precisamos usar uma tecnologia de projeção da imagem, em vez de usar uma tela plana comum."

Negroponte explicou ainda que o outro "truque" para baixar o preço das máquinas é "cortar as gorduras".

"Se você 'emagrecer' o computador, pode ganhar velocidade, usar processadores menores e menos memória", afirma o pesquisador.

O laptop seria exportado como um kit de peças para ser montado nos países de destino --barateando o custo ainda mais.

Negroponte afirmou que não pretende lucrar com o projeto, embora reconheça que os fabricantes dos componentes vão se beneficiar dele.

'Vida digital'

Em 1995, Negroponte publicou o livro Vida Digital, que hoje é considerado por muitos como uma previsão da era digital.

Com o novo projeto de laptops acessíveis, a ambição de Negroponte é fazer os computadores mais populares do que telefones celulares, apesar de reconhecer que será difícil isso acontecer.

Negroponte vem testando o seu novo projeto no Camboja há três anos, onde montou duas escolas com sua esposa e distribuiu 25 laptops para as crianças.

Segundo ele, apenas um computador quebrou em todo esse tempo.

"As crianças valorizam essa coisa. Eles (os laptops) são também televisores, telefones e videogames, não só livros de escola."
 

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