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23/02/2005
-
06h25
da BBC Brasil, em Amã
A diretora da Agência da ONU para a Aids (Unaids), Suman Mehta, fez um apelo para que mais ajuda seja dada a mulheres contaminadas com o vírus da Aids no Oriente Médio e no norte da África, consideradas um grupo vulnerável.
Numa conferência sobre o assunto em Amã, na Jordânia, profissionais da área de saúde alertaram que a incidência da doença - embora baixa, quando comparada com o restante do mundo - está aumentando.
A ONU estima que há mais de 500 mil homens e mulheres vivendo com Aids na região.
Mehta disse que o HIV é um assassino silencioso no Oriente Médio.
Medo
As razões para isso, segundo ela, incluem o fato de que mulheres e meninas tendem a ter um status menor do que o de homens e são vulneráveis ao sexo coagido e à violência doméstica.
Há ainda o fato de que práticas preventivas são insuficientes, porque muitas mulheres têm pouca habilidade em negociar métodos de proteção.
Mehta alertou que o prognóstico para mulheres e meninas da região infectadas com o vírus HIV não é bom.
"O fato de que nenhuma delas vem a público afirmar 'Eu tenho o vírus HIV' diz muito sobre o medo, o pavor, a discriminação e o estigma associados à Aids", disse.
A diretora da Unaids disse aos participantes da conferência que é impossível dar números precisos sobre o aumento da taxa de infecção entre mulheres na região.
Em todo o Oriente Médio, mais de 90 mil novos casos de infecção entre homens e mulheres foram registrados no ano passado. Mas há muitos outros casos não registrados.
Conservadorismo
A médica Hind Khattab, especialista em saúde pública do Egito, disse que é hora de passar da preocupação à ação, antes que a Aids mate mais pessoas.
Ela disse que isso pode significar mudar idéias populares sobre a sexualidade numa área tradicional e conservadora.
"O mais importante é não esperar até que estejamos em uma situação perigosa para só então fazer algo", disse.
"Esta é a hora certa, e nós temos que dizer que nossas mulheres são vulneráveis. Não apenas aquelas que têm um comportamento de risco, ou que são casadas com homens que têm esse comportamento, mas nós estamos em uma situação onde muitos países estão em guerra ou estão sendo atacados, e as mulheres estão em perigo real", afirmou.
A médica e outros profissionais da área de saúde estão pedindo a governos que dêem educação sexual apropriada e treinamento de prevenção à Aids em escolas, além de integrar conselhos e tratamentos em cuidados de saúde gerais.
A conferência de três dias, a primeira deste tipo, voltada para mulheres muçulmanas, é patrocinada pela Unaids e pelo governo da Jordânia.
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HIV é assassino silencioso entre muçulmanas, diz ONU
DALE GAVLAKda BBC Brasil, em Amã
A diretora da Agência da ONU para a Aids (Unaids), Suman Mehta, fez um apelo para que mais ajuda seja dada a mulheres contaminadas com o vírus da Aids no Oriente Médio e no norte da África, consideradas um grupo vulnerável.
Numa conferência sobre o assunto em Amã, na Jordânia, profissionais da área de saúde alertaram que a incidência da doença - embora baixa, quando comparada com o restante do mundo - está aumentando.
A ONU estima que há mais de 500 mil homens e mulheres vivendo com Aids na região.
Mehta disse que o HIV é um assassino silencioso no Oriente Médio.
Medo
As razões para isso, segundo ela, incluem o fato de que mulheres e meninas tendem a ter um status menor do que o de homens e são vulneráveis ao sexo coagido e à violência doméstica.
Há ainda o fato de que práticas preventivas são insuficientes, porque muitas mulheres têm pouca habilidade em negociar métodos de proteção.
Mehta alertou que o prognóstico para mulheres e meninas da região infectadas com o vírus HIV não é bom.
"O fato de que nenhuma delas vem a público afirmar 'Eu tenho o vírus HIV' diz muito sobre o medo, o pavor, a discriminação e o estigma associados à Aids", disse.
A diretora da Unaids disse aos participantes da conferência que é impossível dar números precisos sobre o aumento da taxa de infecção entre mulheres na região.
Em todo o Oriente Médio, mais de 90 mil novos casos de infecção entre homens e mulheres foram registrados no ano passado. Mas há muitos outros casos não registrados.
Conservadorismo
A médica Hind Khattab, especialista em saúde pública do Egito, disse que é hora de passar da preocupação à ação, antes que a Aids mate mais pessoas.
Ela disse que isso pode significar mudar idéias populares sobre a sexualidade numa área tradicional e conservadora.
"O mais importante é não esperar até que estejamos em uma situação perigosa para só então fazer algo", disse.
"Esta é a hora certa, e nós temos que dizer que nossas mulheres são vulneráveis. Não apenas aquelas que têm um comportamento de risco, ou que são casadas com homens que têm esse comportamento, mas nós estamos em uma situação onde muitos países estão em guerra ou estão sendo atacados, e as mulheres estão em perigo real", afirmou.
A médica e outros profissionais da área de saúde estão pedindo a governos que dêem educação sexual apropriada e treinamento de prevenção à Aids em escolas, além de integrar conselhos e tratamentos em cuidados de saúde gerais.
A conferência de três dias, a primeira deste tipo, voltada para mulheres muçulmanas, é patrocinada pela Unaids e pelo governo da Jordânia.
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