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01/03/2005
-
08h32
Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que cerca de 50 milhões de crianças estão vivendo em estado de pobreza nos países desenvolvidos.
Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o número de crianças vivendo em estado de pobreza aumentou em 17 dos 24 países mais ricos do mundo durante a década de 90.
A pesquisa trabalhou com dados de países integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Deste grupo de nações, os Estados Unidos e o México são os que têm mais crianças pobres --em ambos, a população infantil vivendo abaixo da linha de pobreza supera 20% do total.
Já em países como Dinamarca e Finlândia as taxas são mais baixas --3% das crianças dinamarquesas e finlandesas são pobres.
Mito
O documento classifica como um mito a idéia de que a pobreza infantil vem sendo erradicada no mundo desenvolvido.
Os maiores aumentos no percentual de menores vivendo em condições de pobreza foram registrados na Polônia, em Luxemburgo e na República Tcheca.
Nos países desenvolvidos, os governos costumam medir o que classificam de pobreza relativa, comparando os padrões de vida de cidadãos em diferentes camadas sociais.
O relatório considera em estado de pobreza relativa famílias que vivem com renda abaixo de 50% da média nacional.
O documento diz ainda que a garantia de serviços básicos para essas crianças depende dos investimentos de cada governo na área social e da taxa de desemprego do país, o que é fundamental para reverter este quadro.
Para a Unicef, é prioritário que os países mais ricos criem planos e metas para reduzir os índices de crianças em famílias de baixa renda.
A proposta do relatório é que os países tenham como meta reduzir os índices para menos de 10%. Para os que já conseguiram estabelecer índices menores, a meta deve ser de 5%.
Quatro países conseguiram reduzir os índices de pobreza: Reino Unido (-3,1%) , EUA (-2,4%) e Austrália (-1,7%), mas eles ainda apresentam altos índices de pobreza e, segundo a Unicef, precisam de investimentos maciços para alçançar metas melhores.
O quarto país é a Noruega (-1,8%), que vem conseguindo manter um rápido nível de queda e, no momento, é o terceiro com menor índice de pobreza do bloco.
O Brasil não faz parte da OCDE. Atualmente, de acordo com estatística do IBGE, 27,4 milhões de crianças vivem em famílias com renda menor do que meio salário mínimo, representando 45% da população entre 0 e 17 anos.
Colaborou Cláudia Silva Jacobs
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a pobreza no mundo
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Leia o que já foi publicado sobre o Unicef
Leia o que já foi publicado sobre a ONU
Países ricos têm 50 milhões de crianças pobres, diz ONU
da BBC BrasilUm novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que cerca de 50 milhões de crianças estão vivendo em estado de pobreza nos países desenvolvidos.
Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o número de crianças vivendo em estado de pobreza aumentou em 17 dos 24 países mais ricos do mundo durante a década de 90.
A pesquisa trabalhou com dados de países integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Deste grupo de nações, os Estados Unidos e o México são os que têm mais crianças pobres --em ambos, a população infantil vivendo abaixo da linha de pobreza supera 20% do total.
Já em países como Dinamarca e Finlândia as taxas são mais baixas --3% das crianças dinamarquesas e finlandesas são pobres.
Mito
O documento classifica como um mito a idéia de que a pobreza infantil vem sendo erradicada no mundo desenvolvido.
Os maiores aumentos no percentual de menores vivendo em condições de pobreza foram registrados na Polônia, em Luxemburgo e na República Tcheca.
Nos países desenvolvidos, os governos costumam medir o que classificam de pobreza relativa, comparando os padrões de vida de cidadãos em diferentes camadas sociais.
O relatório considera em estado de pobreza relativa famílias que vivem com renda abaixo de 50% da média nacional.
O documento diz ainda que a garantia de serviços básicos para essas crianças depende dos investimentos de cada governo na área social e da taxa de desemprego do país, o que é fundamental para reverter este quadro.
Para a Unicef, é prioritário que os países mais ricos criem planos e metas para reduzir os índices de crianças em famílias de baixa renda.
A proposta do relatório é que os países tenham como meta reduzir os índices para menos de 10%. Para os que já conseguiram estabelecer índices menores, a meta deve ser de 5%.
Quatro países conseguiram reduzir os índices de pobreza: Reino Unido (-3,1%) , EUA (-2,4%) e Austrália (-1,7%), mas eles ainda apresentam altos índices de pobreza e, segundo a Unicef, precisam de investimentos maciços para alçançar metas melhores.
O quarto país é a Noruega (-1,8%), que vem conseguindo manter um rápido nível de queda e, no momento, é o terceiro com menor índice de pobreza do bloco.
O Brasil não faz parte da OCDE. Atualmente, de acordo com estatística do IBGE, 27,4 milhões de crianças vivem em famílias com renda menor do que meio salário mínimo, representando 45% da população entre 0 e 17 anos.
Colaborou Cláudia Silva Jacobs
Especial
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