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Farc confirmam morte de líder e fundador Manuel Marulanda
da BBC Brasil
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) confirmaram a morte de seu líder, Manuel Marulanda Vélez ou "Tirofijo" (Tiro-certeiro em tradução literal) por meio de um vídeo transmitido pelo canal multiestatal Telesul.
A informação foi anunciada pelo guerrilheiro Timoleón Jiménez "Timocheko". Ele afirmou que Marulanda morreu de um infarto no dia 26 de março.
"Com imenso pesar informamos que nosso Comandante em Chefe, Manuel Marulanda Vélez, morreu no passado 26 de março como consequeência de um infarto cardíaco (...), logo depois de uma breve enfermidade" declarou Jiménez em um comunicado lido em frente à câmara.
A morte do legendário líder da guerrilha ocorreu menos de um mês depois que as Farc perdessem dois outros membros do secretariado do grupo. A primeira baixa foi a de Raul Reyes, morto em um bombardeio realizado pelo Exército colombiano no Equador e Ivan Ríos, assassinado logo depois pelo seu guarda-costas.
Jiménez confirmou que Alfonso Cano, considerado por especialistas como moderado, assumirá o comando das FARC, grupo armado fundado em 1964 por Manuel Marulanda
O governo da Colômbia havia anunciado no sábado, citando fontes de inteligência, que o comandante havia morrido no dia 26 de março e que as autoridades estavam investigando a causa da morte.
Rumores
Os primeiros rumores de que Marulanda estaria de fato morto começaram a aparecer depois da publicação de uma entrevista do ministro Juan Manuel Santos na revista colombiana Semana que chegou às bancas no sábado. Na entrevista, Santos afirmou que estaria investigando a morte do chefe guerrilheiro.
No entanto, até o momento as Farc ainda não haviam se pronunciado sobre a morte de seu comandante e fundador.
"Inferno"
Na entrevista à jornalista María Isabel Rueda, Juan Manuel Santos diz achar que Tirofijo "anda no inferno para onde vão os criminosos quando morrem".
A morte do líder mais velho da guerrilha e que fundou o grupo em 1964, pode significar o mais duro golpe às Farc, que já atravessa um enfraquecimento, tanto pela deserção de milhares de soldados, como pela forte ofensiva militar do governo de Álvaro Uribe.
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