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01/04/2005 - 18h53

Família de Schiavo presta homenagem a João Paulo 2º

CAROLINA GLYCERIO
da BBC Brasil, em Pinellas Park, Flórida

A família de Terri Schiavo, a americana com grave lesão cerebral que morreu
porque o tubo de alimentação que a mantinha viva foi desligado, agradeceu ao papa João Paulo 2º pelo seu papel na luta para mantê-la viva.

"A nossa família está honrada que papa João Paulo 2º tenha falado de forma tão corajosa em favor da nossa irmã, Terri", diz um trecho da mensagem divulgada pela família na internet.

Os ensinamentos do pontífice de que comida e água são parte do tratamento humano básico e que nunca devem ser negados a alguém foram lembrados em um serviço religioso em homenagem a Schiavo nesta sexta-feira, que contou com manifestantes de varios Estados americanos, ainda reunidos no hospital onde ela morreu, em Pinellas Park, na Flórida.

"O papa é um exemplo, assim como Terri Schiavo, de sofrimento, de falta de egoísmo, de dedicação", disse David Vogel, que, antes de vir para Pinellas Park, estava em Roma fazendo vigília no hospital Gemelli, onde o papa ficou internado no final de fevereiro.

Vida

O padre Frank Pavone, que serviu com o papa no Vaticano, descreveu o pontífice como "um homem gentil e humilde, além de um grande um líder mundial".

"Uma vez, quando ia apertar a minha mão, ele deixou o cair o rosário e se desculpou para o meu amigo, que estava do meu lado. O meu amigo não conseguia acreditar", ele disse "o papa me pediu desculpas!", lembra Pavone.

Pavone, que tem sido um porta-voz da família de Terri Schiavo, diz que João Paulo 2º é "o papa da vida, que ensinou sobretudo a santidade da vida".

"Os seus ensinamentos e exemplos vão educar futuras gerações de católicos não só por anos, ou décadas, mas por séculos."

Ao contrário da indignação que marcou a morte de Schiavo, as pessoas que começavam a deixar o hospital de Pinellas Park mostravam resignação com o estado da saúde do papa.

"É triste, mas ele vai estar olhando por nós do céu", disse Mary Herlihy, de 13 anos, do Estado da Virgínia.

"É uma dor no coração muito grande vê-lo ir morrendo. Nós sabemos que com o amor que ele se dedica à Igreja na Terra, ele terá ainda mais amor no céu", diz Olga Pate Day, de 51 anos.

Julian Gordon, que não é católico, admira João Paulo 2º "por assumir posições e tentar mudar".

Ele espera, no entanto, que o próximo pontífice seja "mais liberal" em questões como controle da natalidade, por exemplo.
 

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