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03/04/2005
-
09h00
da BBC Brasil, em Roma
"Adeus Wojtyla", "O papa que mudou o mundo", "O mundo chora pelo papa", "O papa de todos", "Adeus papa do grande coração", "Papa nosso que estais nos céus", "Em tuas mãos".
Estes são os títulos dos principais jornais italianos que, neste domingo dia 3 de abril, anunciam a morte de João Paulo 2º a uma população incrédula e profundamente comovida.
Mesmo consciente da grave condição de saúde do pontífice, que nos últimos dias estava cada vez mais grave, os italianos e os milhares de peregrinos e turistas que lotavam a praça São Pedro ficaram chocados com o anúncio da morte do papa.
Difícil imaginar que o "papa estrangeiro", como foi logo definido quando eleito em outubro de 1978 aqui em Roma, não apareceria mais na janela de seu estúdio de onde dava a bênção aos fiéis e dizia suas mensagens.
Luto
O presidente da Itália decretou três dias de luto nacional. Profundamente católico e amigo pessoal do papa, Carlo Azeglio Ciampi disse "perdemos um pai, ele continuará em nossos corações".
O jornal "La Stampa" não colocou uma fotografia do papa em sua primeira página, mas a encheu com uma série de fotos de fiéis em lágrimas. Homens, mulheres, velhos, jovens.
A sensação de vazio domina a multidão que se reúne em torno da Basílica de São Pedro, onde o corpo do papa será exposto à visitação dos fiéis.
Neste domingo à tarde, o corpo do papa será levado para a Sala Clementina, no palácio Apostólico, para receber apenas as homenagens da cúria romana e das autoridades italianas.
O órgão de informação do Vaticano, "Osservatore Romano", com data de sábado, traz o necrológio do pontífice em sua primeira página: "Hoje, 2 de abril de 2005, às 21h37, o Senhor chamou a si o santo Padre João Paulo 2º. O longo e rico pontificado de Karol Wojtyla causou contrastes, discussões, posições de defesa apaixonada e crítica feroz.
Unanimidade
Mas ninguém coloca em dúvida a grandeza de sua figura, a importância de sua mensagem e a difícil herança que deixa a seu sucessor.
Demonstração disso é a unanimidade que alcançou junto a todas as correntes da litigiosa e polêmica política italiana.
O jornal "Il Manifesto", histórico diário da esquerda italiana, ligado ao partido comunista, assinala que a sucessão de João Paulo 2º é "quase impossível", tanto que como título escreve: "Não se faz um outro".
O jornal ressalta também que o ecumenismo e o diálogo foram submetidos à primazia de Roma e que houve "cruzadas contra o aborto e os homossexuais". Estes temas estarão nas discussões que daqui em diante serão feitas até a eleição do novo papa.
Depois das dez primeiras páginas dedicadas ao falecimento do papa, ao balanço do pontificado e análise da herança espiritual e política de Karol Wojtyla, os jornais italianos analisam a pauta do conclave.
Os temas que vão ser discutidos pelos cardeais, que se reunirão para eleger o sucessor de João Paulo 2º daqui a cerca de 15 dias, são amplos.
São eles: evangelização, crise da fé e das vocações, herança do Concílio Vaticano 2º, clegialidade nas decisões da igreja, papel da mulher e dos leigos, questões de ética e bioética e moral sexual.
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ASSIMINA VLAHOUda BBC Brasil, em Roma
"Adeus Wojtyla", "O papa que mudou o mundo", "O mundo chora pelo papa", "O papa de todos", "Adeus papa do grande coração", "Papa nosso que estais nos céus", "Em tuas mãos".
Estes são os títulos dos principais jornais italianos que, neste domingo dia 3 de abril, anunciam a morte de João Paulo 2º a uma população incrédula e profundamente comovida.
Mesmo consciente da grave condição de saúde do pontífice, que nos últimos dias estava cada vez mais grave, os italianos e os milhares de peregrinos e turistas que lotavam a praça São Pedro ficaram chocados com o anúncio da morte do papa.
Difícil imaginar que o "papa estrangeiro", como foi logo definido quando eleito em outubro de 1978 aqui em Roma, não apareceria mais na janela de seu estúdio de onde dava a bênção aos fiéis e dizia suas mensagens.
Luto
O presidente da Itália decretou três dias de luto nacional. Profundamente católico e amigo pessoal do papa, Carlo Azeglio Ciampi disse "perdemos um pai, ele continuará em nossos corações".
O jornal "La Stampa" não colocou uma fotografia do papa em sua primeira página, mas a encheu com uma série de fotos de fiéis em lágrimas. Homens, mulheres, velhos, jovens.
A sensação de vazio domina a multidão que se reúne em torno da Basílica de São Pedro, onde o corpo do papa será exposto à visitação dos fiéis.
Neste domingo à tarde, o corpo do papa será levado para a Sala Clementina, no palácio Apostólico, para receber apenas as homenagens da cúria romana e das autoridades italianas.
O órgão de informação do Vaticano, "Osservatore Romano", com data de sábado, traz o necrológio do pontífice em sua primeira página: "Hoje, 2 de abril de 2005, às 21h37, o Senhor chamou a si o santo Padre João Paulo 2º. O longo e rico pontificado de Karol Wojtyla causou contrastes, discussões, posições de defesa apaixonada e crítica feroz.
Unanimidade
Mas ninguém coloca em dúvida a grandeza de sua figura, a importância de sua mensagem e a difícil herança que deixa a seu sucessor.
Demonstração disso é a unanimidade que alcançou junto a todas as correntes da litigiosa e polêmica política italiana.
O jornal "Il Manifesto", histórico diário da esquerda italiana, ligado ao partido comunista, assinala que a sucessão de João Paulo 2º é "quase impossível", tanto que como título escreve: "Não se faz um outro".
O jornal ressalta também que o ecumenismo e o diálogo foram submetidos à primazia de Roma e que houve "cruzadas contra o aborto e os homossexuais". Estes temas estarão nas discussões que daqui em diante serão feitas até a eleição do novo papa.
Depois das dez primeiras páginas dedicadas ao falecimento do papa, ao balanço do pontificado e análise da herança espiritual e política de Karol Wojtyla, os jornais italianos analisam a pauta do conclave.
Os temas que vão ser discutidos pelos cardeais, que se reunirão para eleger o sucessor de João Paulo 2º daqui a cerca de 15 dias, são amplos.
São eles: evangelização, crise da fé e das vocações, herança do Concílio Vaticano 2º, clegialidade nas decisões da igreja, papel da mulher e dos leigos, questões de ética e bioética e moral sexual.
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