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18/04/2005
-
07h07
A América Latina tem 40% da população católica mundial, mas "seus cardeais estão divididos e não parecem inclinados a atuar em bloco" para escolher um papa latino no conclave, afirma o diário americano "Los Angeles Times".
"A idéia de que a geografia deve ter um peso na escolha do próximo papa foi colocada em segundo plano, atrás de outras questões controversas, como a forma com que a igreja deve ser governada e como deve se relacionar com pessoas de outras fés", diz o jornal.
Um diplomata latino-americano que trabalha no Vaticano disse ao diário que, enquanto os europeus tradicionalmente costuram alianças para os conclaves papais, os latino-americanos não possuem o mesmo "espírito de grupo".
"Em vez de unir suas forças, os [cardeais] latino-americanos têm se dividido em duas facções emergentes", diz o "Los Angeles Times".
Parte deles estaria apoiando o alemão Joseph Ratzinger e suas idéias conservadoras de uma igreja fortemente centralizada.
Do outro lado, muitos cardeais latinos estariam se posicionando a favor do italiano Carlo Maria Martini, que defende uma igreja mais descentralizada.
"Afirma-se que os cardeais Cláudio Hummes, do Brasil, e Oscar Andres Rodríguez Maradiaga, de Honduras, estão desse lado [o de Martini], porque eles divergem da agenda de Ratzinger por outra razão. Eles acreditam que o ativismo social --o combate à pobreza e à injustiça, por exemplo-- deve ser a principal prioridade da igreja."
O jornal diz ainda que tanto dom Cláudio Hummes quanto Rodríguez "chegaram a Roma com poucos apoios certos", mas que poderiam se fortalecer como candidatos a papa se as candidaturas dos principais concorrentes não emplacarem.
Num editorial intitulado "Os perigos de um papa conservador", o diário britânico "The Independent" afirma que "certamente é do interesse mais amplo da Igreja Católica eleger um pensador mais liberal que João Paulo 2º".
"O papa anterior pode ter feito maravilhas para a imagem da igreja, graças às suas freqüentes viagens ao exterior e poderoso carisma, mas ao impedir qualquer debate sobre questões como contracepção, divórcio e o papel das mulheres na igreja, ele promoveu um engessamento ideológico."
Cardeais latinos chegam divididos ao conclave, diz "LA Times"
da BBCA América Latina tem 40% da população católica mundial, mas "seus cardeais estão divididos e não parecem inclinados a atuar em bloco" para escolher um papa latino no conclave, afirma o diário americano "Los Angeles Times".
"A idéia de que a geografia deve ter um peso na escolha do próximo papa foi colocada em segundo plano, atrás de outras questões controversas, como a forma com que a igreja deve ser governada e como deve se relacionar com pessoas de outras fés", diz o jornal.
Um diplomata latino-americano que trabalha no Vaticano disse ao diário que, enquanto os europeus tradicionalmente costuram alianças para os conclaves papais, os latino-americanos não possuem o mesmo "espírito de grupo".
"Em vez de unir suas forças, os [cardeais] latino-americanos têm se dividido em duas facções emergentes", diz o "Los Angeles Times".
Parte deles estaria apoiando o alemão Joseph Ratzinger e suas idéias conservadoras de uma igreja fortemente centralizada.
Do outro lado, muitos cardeais latinos estariam se posicionando a favor do italiano Carlo Maria Martini, que defende uma igreja mais descentralizada.
"Afirma-se que os cardeais Cláudio Hummes, do Brasil, e Oscar Andres Rodríguez Maradiaga, de Honduras, estão desse lado [o de Martini], porque eles divergem da agenda de Ratzinger por outra razão. Eles acreditam que o ativismo social --o combate à pobreza e à injustiça, por exemplo-- deve ser a principal prioridade da igreja."
O jornal diz ainda que tanto dom Cláudio Hummes quanto Rodríguez "chegaram a Roma com poucos apoios certos", mas que poderiam se fortalecer como candidatos a papa se as candidaturas dos principais concorrentes não emplacarem.
Num editorial intitulado "Os perigos de um papa conservador", o diário britânico "The Independent" afirma que "certamente é do interesse mais amplo da Igreja Católica eleger um pensador mais liberal que João Paulo 2º".
"O papa anterior pode ter feito maravilhas para a imagem da igreja, graças às suas freqüentes viagens ao exterior e poderoso carisma, mas ao impedir qualquer debate sobre questões como contracepção, divórcio e o papel das mulheres na igreja, ele promoveu um engessamento ideológico."
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