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07/07/2008 - 14h08

Britânicos "precisam cortar desperdício de alimentos", diz premiê

da BBC Brasil

O primeiro-ministro da Reino Unido, Gordon Brown, afirmou que os britânicos precisam cortar o desperdício de alimentos para ajudar no combate ao aumento do custo de vida.

Uma pesquisa oficial, realizada durante dez meses, revelou que as famílias britânicas jogam no lixo 4,1 toneladas de alimentos em perfeito estado por ano, o que custa a cada família cerca de 420 libras anuais (cerca de R$ 1,3 mil).

"Se vamos baixar os preços dos alimentos, também devemos fazer mais para lidar com a demanda desnecessária, todos nós devemos fazer mais para cortar o desperdício de alimentos na Reino Unido que custa, em média, 8 libras (cerca de R$ 25) por semana, em cada casa", disse.

Segundo o relatório, cada família britânica gasta 9% da sua renda em alimentação.

A pesquisa indica ainda que até 40% dos alimentos cultivados nos países em desenvolvimento podem ser perdidos antes do consumo devido ao processamento, estocagem e transporte inadequados.

O relatório também conclui que mais pesquisa é necessária para determinar se a produção de biocombustíveis causará mais aumento nos preços de alimentos.

Brown fez as declarações enquanto viajava para o encontro de cúpula anual do G8, o grupo que reúne os sete países mais desenvolvidos do mundo mais a Rússia, no Japão.

"Plano global"

O premiê britânico afirmou que o G8 precisa concordar com um "plano global" para lidar com a questão.

"Por isso estou propondo que tomemos medidas para aumentar o fornecimento global de alimentos e reduzir a demanda desnecessária."

"Discutiremos no G8 como podemos ajudar a África a perceber seu grande potencial como produtora de alimentos e gostaríamos de ver a produção de produtos alimentícios importantes dobrar na África nos próximos cinco a dez anos", acrescentou.

"O que estamos tentando passar é que existe uma relação complexa entre o que compramos, a quantidade, o desperdício, o impacto na mudança climática e o impacto em nossa saúde", afirmou a secretária de Meio Ambiente britânica, Hilary Benn.

Kirtana Chandrasekaran, do setor de campanhas de alimentação da organização ambientalista Friends of the Earth, afirmou que o combate ao desperdício de alimentos é importante, mas apenas parte da solução. Ela pediu por mudanças nas políticas de biocombustíveis e comércio internacional.

A preocupação com a saúde da economia global deve dominar as discussões entre os líderes de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia reunidos até quarta-feira no resort de Toyako, na ilha japonesa de Hokkaido, ofuscando o tema do aquecimento global, escolhido pelos anfitriões japoneses como prioritário para a cúpula.

Líderes africanos vão participar da reunião. O Brasil participa como convidado da cúpula ao lado de outros quatro países emergentes --China, Índia, México e África do Sul, no último dia do encontro, nesta quarta-feira.

Comentários dos leitores
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
Vejam bem politicos e corruptos, não tem diferença,essa merkel está de olho só no nosso petroleo e nada mais, pois quem tocou no assunto de bio combustiveis foi olulala e não ela ela não quer nem saber....disso... sem opinião
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Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Muito alarido, pelo diretor da FAO. ele está fazendo o seu papel. Agora... previsão para 2050 (daqui 40 anos). Será que esse diretor ou os especialistas se lembram do que seria necessário fazer, em 1968 em relação à fome no mundo? Em 40 anos, quais países ainda serão emergentes? É realmente problema de vontade política e de se ensinar e dar condições de "pescar" e não de dar o peixe já frito a esse segmento faminto da sociedade. Soluções estão à mostra a todo momento e para todo mundo. Uma delas é a transferência de tecnologia. Com tanta boa vontade que notamos em nossos líderes mundiais, não seria difícil um consórcio onde se ensinaria e proveria de boa infra-estrutura, de forma eficiente e eficaz, o cultivo, a produção, consumo de alimentos, erradicando a fome no mundo. Medidas nesses moldes não são para 2040, 2050 e sim pra já. A FAO deveria atuar em idéias semelhantes, em reunir nações realmente empenhadas em ajudar o povo faminto desse planeta e não em fazer considerações do que esse ou aquele País deve fazer. sem opinião
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O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
"Países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050..."
Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
28 opiniões
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