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12/05/2005 - 10h04

"Miami Herald" critica cúpula e falta de ação de Lula sobre Cuba

da BBC Brasil

A Cúpula América do Sul-Países Árabes, realizada nesta semana em Brasília, "saiu muito dos trilhos", afirma nesta quinta-feira o colunista Andres Oppenheimer, do jornal americano "The Miami Herald".

Segundo Oppenheimer, o encontro terminou com "um feito duvidoso: divulgou uma declaração que pode ser lida como uma justificação tácita do terrorismo e introduziu a política do Oriente Médio na América Latina, uma região onde judeus e árabes têm vivido em notável harmonia por séculos".

"Minha conclusão é que o evento organizado pelo Brasil e suas próximas edições vão trazer o conflito no Oriente Médio para mais perto da América Latina", diz o colunista.

"O Brasil começou este encontro bi-regional na esperança de incrementar laços comerciais, mas pode ter envolvido a si mesmo --e a seus vizinhos-- em uma grande confusão."

Em editorial sobre a repressão em Cuba, o jornal também cobra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoio aos militantes pró-democracia na ilha comunista.

Ao criticar a prisão de mais de 400 jovens definidos como "anti-sociais" pelo governo cubano, o jornal pergunta: "Onde estão as vozes de protesto internacionais? Onde está o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ou o da Argentina, Néstor Kirchner, neste assunto?".

E o editorial mesmo responde: "Em lugar nenhum".

Sem mentiras

Em artigo publicado no "La Nación", o ex-secretário de Relações Exteriores da Argentina Andrés Cisneros afirma que "o Brasil nunca nos mentiu" em suas ambições internacionais.

"Eles sempre foram claros em suas ambições de potência mundial e império sul-americano", afirma Cisneros, que esteve no governo argentino de 1996 a 1999.

Ele diz que o Mercosul não passa de "uma ferramenta política a mais em sua política exterior a serviço de um projeto nacional que não admite pares" e que "quando a integração afetar o desenvolvimento autônomo brasileiro, sua prioridade passará a segundo plano".

Para Cisneros, o caso do pleito de uma vaga permanente no Conselho de Segurança é "ilustrativo", pois sua recusa de uma vaga rotativa entre os países latino-americanos mostra que o país almeja "a hegemonia, e não a mera liderança".

Bons modos à argentina

Em outro texto publicado nesta quinta-feira, o "La Nación" diz que o governo de Buenos Aires lançou uma campanha que visa "destacar a importância de manter a cortesia nas relações entre as pessoas".

Para encabeçar as 12 regras de comportamento que serão realçadas na Campanha das Regras Básicas de Convivência, diz o jornal, foram escolhidas as palavras "obrigado (gracias)" e "por favor".

"O objetivo é estabelecer na cidade a convivência como um valor em si mesmo", continua a reportagem.

A responsável pelo programa afirma que no ano passado, quando foi sancionado um novo código penal para a cidade, foi possível observar as carências da cidade nesta área e que "antes de realizar grandes avanços na legislação, é importante melhorar o tratamento entre os cidadãos".

Inimigo invisível

O americano "Los Angeles Times" afirma que os soldados americanos estão tendo que enfrentar um "inimigo invisível" na atual operação contra insurgentes no oeste do Iraque.

Ao descrever uma operação que, segundo o jornal, resultado na morte de quatro fuzileiros navais perto do rio Eufrates, o jornal diz que as tropas americanas estão "vulneráveis enquanto procuram insurgentes em vilarejos desertos no remoto oeste iraquiano".

Um sargento faz a seguinte declaração ao "Los Angeles Times": "Estamos combatendo um inimigo invisível. Eles são como a... CIA".

Já o britânico "The Daily Telegraph" afirma que a "nova onda de violência destrói as esperanças americanas de uma saída no curto do prazo" de seus soldados no Iraque.

"A escalada é um testemunho da capacidade dos insurgentes de se reagrupar e se recuperar de reveses", diz o texto.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Cúpula América do Sul-Países Árabes
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