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16/08/2005
-
20h06
A rede britânica ITV News divulgou nesta terça-feira que teve acesso a documentos e fotografias que trazem detalhes sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia britânica no dia 22 de julho.
Segundo a ITV News, os documentos e as fotografias mostram que o brasileiro não estava vestindo uma jaqueta volumosa, como a polícia havia divulgado anteriormente, mas, sim, uma jaqueta jeans.
Ele também não estaria carregando uma mochila nem teria pulado a catraca da estação do metrô.
Ainda de acordo com a emissora, o brasileiro teria agido normalmente, inclusive teria pego uma jornal para ler, e teria apenas corrido após a chegada do metrô na plataforma.
A Comissão Independente de Queixas sobre a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), um órgão que investiga possíveis erros em ações policiais, disse desconhecer a fonte de informação dos supostos documentos vazados para a ITV News.
Imagem
As informações divulgadas pela emissora britânica - que não são oficiais - são contrárias à versão da polícia britânica, que disse que o brasileiro teria corrido e não teria obedecido a pedidos para que parasse e que, por isso, os policiais atiraram contra o que consideravam ser um suspeito.
Jean Charles de Menezes morreu com sete tiros na cabeça e um no ombro.
Uma foto publicada no website da ITV News mostra o que parece ser o corpo do brasileiro estirado no chão do vagão do metrô cercado por uma poça de sangue.
Uma das primas de Jean Charles de Menezes, Vivian Menezes, disse à BBC Brasil que a família espera a divulgação das fitas do circuito interno de televisão da estação de Stockwell, onde o brasileiro foi morto, para que o caso seja esclarecido.
Ao ser informada sobre o relatório divulgado pela rede de televisão britânica ITV News, ela disse que o documento apenas comprova o que a família de Jean Charles repetia.
"Isso a gente já sabia desde o início. Ele não tinha nenhuma jaqueta, da forma que eles estavam falando. Ele não tinha o hábito de usar roupas pesadas, nem no inverno nem no verão. Geralmente ele usava uma jaqueta jeans leve. Não acolchoada como eles disseram", afirmou, por telefone, de Gonzaga, em Minas Gerais, onde passa um tempo com sua família.
"A gente está correndo atrás de todos os fatos e não de boatos e vamos querer tudo apuradinho para fazer justiça", disse Vivian que morava com Jean Charles e outra prima num apartamento no sul de Londres.
Outro primo de Jean Charles, Alessandro Alves, disse à BBC Brasil que a família em Gonzaga ainda está sendo informada sobre os novos desdobramentos.
Seu irmão, Alex Alves, que também morava em Londres e está passando uma temporada no Brasil, foi o encarregado de levar as informações aos pais de Jean Charles.
"Agora está provado que a gente não estava mentindo, que ele usava sempre a jaqueta jeans. Todo mundo viu agora que ele estava com a jaqueta jeans", disse.
"Ele chegou, pegou o jornal. Se ele estivesse assustado, teria parado para pegar o jornal?", indagou.
"Aí ele entrou na estação, desceu, entrou no metrô, aí atiraram nele. Estava sentado, né? Eu penso que ou sentado, ou então pegaram ele e colocaram a cabeça dele no chão. A imagem mostra que ele estava no chão, deitado, e que em cima da poltrona estava uma poça de sangue."
TV britânica divulga novos detalhes da morte de Jean
da BBC BrasilA rede britânica ITV News divulgou nesta terça-feira que teve acesso a documentos e fotografias que trazem detalhes sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia britânica no dia 22 de julho.
Segundo a ITV News, os documentos e as fotografias mostram que o brasileiro não estava vestindo uma jaqueta volumosa, como a polícia havia divulgado anteriormente, mas, sim, uma jaqueta jeans.
Ele também não estaria carregando uma mochila nem teria pulado a catraca da estação do metrô.
Ainda de acordo com a emissora, o brasileiro teria agido normalmente, inclusive teria pego uma jornal para ler, e teria apenas corrido após a chegada do metrô na plataforma.
A Comissão Independente de Queixas sobre a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), um órgão que investiga possíveis erros em ações policiais, disse desconhecer a fonte de informação dos supostos documentos vazados para a ITV News.
Imagem
As informações divulgadas pela emissora britânica - que não são oficiais - são contrárias à versão da polícia britânica, que disse que o brasileiro teria corrido e não teria obedecido a pedidos para que parasse e que, por isso, os policiais atiraram contra o que consideravam ser um suspeito.
Jean Charles de Menezes morreu com sete tiros na cabeça e um no ombro.
Uma foto publicada no website da ITV News mostra o que parece ser o corpo do brasileiro estirado no chão do vagão do metrô cercado por uma poça de sangue.
Uma das primas de Jean Charles de Menezes, Vivian Menezes, disse à BBC Brasil que a família espera a divulgação das fitas do circuito interno de televisão da estação de Stockwell, onde o brasileiro foi morto, para que o caso seja esclarecido.
Ao ser informada sobre o relatório divulgado pela rede de televisão britânica ITV News, ela disse que o documento apenas comprova o que a família de Jean Charles repetia.
"Isso a gente já sabia desde o início. Ele não tinha nenhuma jaqueta, da forma que eles estavam falando. Ele não tinha o hábito de usar roupas pesadas, nem no inverno nem no verão. Geralmente ele usava uma jaqueta jeans leve. Não acolchoada como eles disseram", afirmou, por telefone, de Gonzaga, em Minas Gerais, onde passa um tempo com sua família.
"A gente está correndo atrás de todos os fatos e não de boatos e vamos querer tudo apuradinho para fazer justiça", disse Vivian que morava com Jean Charles e outra prima num apartamento no sul de Londres.
Outro primo de Jean Charles, Alessandro Alves, disse à BBC Brasil que a família em Gonzaga ainda está sendo informada sobre os novos desdobramentos.
Seu irmão, Alex Alves, que também morava em Londres e está passando uma temporada no Brasil, foi o encarregado de levar as informações aos pais de Jean Charles.
"Agora está provado que a gente não estava mentindo, que ele usava sempre a jaqueta jeans. Todo mundo viu agora que ele estava com a jaqueta jeans", disse.
"Ele chegou, pegou o jornal. Se ele estivesse assustado, teria parado para pegar o jornal?", indagou.
"Aí ele entrou na estação, desceu, entrou no metrô, aí atiraram nele. Estava sentado, né? Eu penso que ou sentado, ou então pegaram ele e colocaram a cabeça dele no chão. A imagem mostra que ele estava no chão, deitado, e que em cima da poltrona estava uma poça de sangue."
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