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05/09/2005
-
23h01
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse que está preparado para receber críticas no relatório final sobre as irregularidades no programa Petróleo por Comida, que vigorou no Iraque até a invasão do país, em 2003.
"Eu suspeito que haverá muitas críticas", afirmou Annan em entrevista à BBC, referindo-se ao documento que será divulgado nesta quarta-feira. "Estou preparado e nós estamos todos prontos."
Segundo o secretário-geral, ninguém que tenha lidado com o Iraque nos tempos de Saddam Hussein saiu "inteiramente coberto de glória."
O programa, que vigorou de 1996 a 2003, foi criado para permitir que o Iraque, que estava sob sanções econômicas, trocasse petróleo por comida, remédios e outros itens de primeira necessidade à população.
"O Petróleo por Comida era um programa extra que nos pediram para assumir. Honestamente eu queria que nós nunca tivéssemos recebido aquele programa", disse Annan.
"Processo doloroso"
Relatórios anteriores sobre a administração do programa por um painel independente liderado pelo ex-presidente do Banco Central americano, Paul Volcker, revelaram casos de corrupção e má administração.
Os resultados das investigações não acusaram Annan das irregularidades, mas o assunto é incômodo para o secretário-geral, entre outras razões, porque o seu filho é um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção. Kojo Annan trabalhou para a empresa suíça Coetcna, que recebeu um grande contrato do Iraque nos tempos do programa.
"Como eu (já) indiquei, este processo todo tem sido doloroso para mim como secretário-geral e como um pai, mas eu vou deixar o relatório falar por si mesmo."
Durante a entrevista, Annan tambén falou sobre os planos de reforma da ONU. Ele disse que nenhum país vai conseguir ver todas as mudanças aprovadas na reunião de cúpula da organização, na próxima semana, numa aparente referência às emendas propostas ao texto elaborado por um grupo de 33 países.
O secretário-geral da ONU disse ainda que a entidade precisa ajudar urgentemente as vítimas do furacão Katrina, em vez de discutir o que eventualmente foi feito de errado nas operações de evacuação e resgate na cidade.
Annan diz estar preparado para críticas em relatório
da BBC BrasilO secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse que está preparado para receber críticas no relatório final sobre as irregularidades no programa Petróleo por Comida, que vigorou no Iraque até a invasão do país, em 2003.
"Eu suspeito que haverá muitas críticas", afirmou Annan em entrevista à BBC, referindo-se ao documento que será divulgado nesta quarta-feira. "Estou preparado e nós estamos todos prontos."
Segundo o secretário-geral, ninguém que tenha lidado com o Iraque nos tempos de Saddam Hussein saiu "inteiramente coberto de glória."
O programa, que vigorou de 1996 a 2003, foi criado para permitir que o Iraque, que estava sob sanções econômicas, trocasse petróleo por comida, remédios e outros itens de primeira necessidade à população.
"O Petróleo por Comida era um programa extra que nos pediram para assumir. Honestamente eu queria que nós nunca tivéssemos recebido aquele programa", disse Annan.
"Processo doloroso"
Relatórios anteriores sobre a administração do programa por um painel independente liderado pelo ex-presidente do Banco Central americano, Paul Volcker, revelaram casos de corrupção e má administração.
Os resultados das investigações não acusaram Annan das irregularidades, mas o assunto é incômodo para o secretário-geral, entre outras razões, porque o seu filho é um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção. Kojo Annan trabalhou para a empresa suíça Coetcna, que recebeu um grande contrato do Iraque nos tempos do programa.
"Como eu (já) indiquei, este processo todo tem sido doloroso para mim como secretário-geral e como um pai, mas eu vou deixar o relatório falar por si mesmo."
Durante a entrevista, Annan tambén falou sobre os planos de reforma da ONU. Ele disse que nenhum país vai conseguir ver todas as mudanças aprovadas na reunião de cúpula da organização, na próxima semana, numa aparente referência às emendas propostas ao texto elaborado por um grupo de 33 países.
O secretário-geral da ONU disse ainda que a entidade precisa ajudar urgentemente as vítimas do furacão Katrina, em vez de discutir o que eventualmente foi feito de errado nas operações de evacuação e resgate na cidade.
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