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14/10/2005 - 07h37

Brasil vai enviar ajuda a Guatemala e El Salvador

VERA RAMOS
da BBC Brasil, em San Salvador

O governo brasileiro decidiu enviar 16 toneladas de ajuda humanitária para serem distribuídas entre as populações mais atingidas tanto na Guatemala como em El Salvador, ambos atingidos duramente pela tempestade tropical Stan há pouco mais de duas semanas.

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) prepara-se para deixar o Brasil entre sexta-feira e sábado transportando, sobretudo, remédios, água, cestas básicas e kits de primeiros socorros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da Cúpula Ibero-Americana, em Salamanca, na Espanha, escreveu uma carta aos presidentes da Guatemala, Oscar Berger, e de El Salvador, Elias Antonio Saca, em que comunica a remessa do auxílio em solidariedade às populações seriamente afetadas naqueles dois países.

Vários municípios da Guatemala que foram completamente devastados pelos deslizamentos de terra ainda não receberam ajuda humanitária porque se encontram totalmente ilhados: não há gasolina ou diesel nos postos de abastecimento e as estradas continuam interrompidas.

Prejuízos

As comunidades de San Marcos, Quetzaltenango, Retalhuleu e Escuintla aguardam a chegada de auxílio internacional que a Guatemala começou a receber de vários países e da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo).

As perdas com as plantações de café da Guatemala, resultantes das inundações provocadas pela passagem da tempestade, poderão atingir a cifra de US$ 26,7 milhões caso as estradas de acesso às zonas de plantio não sejam recuperadas dentro de pouco tempo, alertou José Ángel López, presidente da Anacafé (Associação Nacional de Café).

Para reverter este quadro, disse o empresário, será necessário que as autoridades guatemaltecas reabilitem o fornecimento de combustível em todo o país, que foi suspenso nas últimas semanas.

Para auxiliar no processo de recuperação da infra-estrutura, seriamente atingida pela catástrofe, as autoridades da Guatemala solicitaram aos Estados Unidos que autorizem temporariamente a entrada de guatemaltecos para trabalhar em território norte-americano para que tenham melhores condições financeiras para ajudar suas famílias.

Segundo cálculos preliminares feitos pelas autoridades do país, as perdas econômicas nas zonas mais afetadas poderão chegar a US$ 800 milhões.

O maior desafio será normalizar a vida dos 654 municípios devastados pelas chuvas que necessitam de obras para restaurar a infra-estrutura e a prestação de serviços básicos.

Além disso o país terá que reconstruir boa parte de sua malha rodoviária, sem a qual o comércio com os países vizinhos, especialmente o México, não poderá ser retomado.

Segundo o secretário de Coordenação para a Redução de Desastres, Hugo Hernández, o governo da Guatemala terá que providenciar novas habitações para 120 mil pessoas que estão desabrigadas.

Especial
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