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04/11/2005 - 17h08

Fox sugere que Alca pode ser feita sem o Mercosul

MARCIA CARMO
da BBC Brasil

O presidente do México, Vicente Fox, sugeriu nesta sexta-feira que a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) poderá ser construída sem os quatro países do Mercosul e a Venezuela.

As declarações de Fox foram feitas nesta sexta-feira em entrevista à imprensa mexicana realizada no hotel em que está hospedado em Mar del Plata, a 404 quilômetros da capital argentina, Buenos Aires.

"Vinte e nove países querem formar a Alca e poderíamos nos separar dos demais – que resistem a esta proposta – e concretizar a integração comercial", afirmou Fox.

No total, são 34 países das Américas que participam da Cúpula, com exceção de Cuba. De acordo com o presidente mexicano, o Mercosul e a Venezuela seriam os únicos a não aprovar a Alca.

Declaração

Fox afirmou que não está "satisfeito" com a declaração final da IV Cúpula das Américas. O texto do documento final não incluiria o cronograma para a implementação da Alca, como desejam os demais países, já que a idéia não foi aprovada pelo Mercosul e pela Venezuela.

Sem consenso, nenhuma proposta ou meta pode ser incluída no texto final.

Nas últimas horas, Fox tem atuado como porta-voz dos que são favoráveis à implementação da Alca, como os países da América Central e da Comunidade Andina.

Suas palavras levaram o presidente argentino, Nestor Kirchner, segundo a imprensa argentina, a suspender o encontro que teriam nesta sexta-feira.

Por sua vez, foi confirmada a reunião que terá às 19h local (20h em Brasília) com o presidente Lula. A expectativa é de que a conversa, que já estava marcada antes, seja, principalmente, sobre as últimas palavras de Fox.

Numa outra entrevista, o presidente de El Salvador, Elías Antonio Saca, apoiou as palavras do colega mexicano e sugeriu que a Alca poderá acabar sendo feita por etapas. Ou seja, com a adesão dos que querem a integração comercial, como vem sendo sugerida, e depois com a entrada dos demais.

No caso do Brasil e da Argentina, segundo negociadores brasileiros, a "resistência" é possível e é maior porque os dois países têm mais a oferecer nessa relação comercial, como por exemplo os produtos agrícolas.

Daí a insistência das autoridades dos dois países em primeiro resolver a questão dos subsídios agrícolas, dos países desenvolvidos, para depois se chegar a entendimento sobre o bloco.
 

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