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22/11/2005 - 12h03

Fome mata 6 milhões de crianças por ano, diz FAO

ASSIMINA VLAHOU
da BBC Brasil, em Roma

Seis milhões de crianças morrem por ano, no mundo, devido à fome e à desnutrição, segundo a FAO – organismo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

A maioria morre de doenças infecciosas curáveis como pneumonia, diarréia, sarampo e malária por já estar debilitada, de acordo com estudo da FAO.

Se for mantido o ritmo atual de progresso e redução da pobreza, nas diversas regiões em desenvolvimento, apenas América Latina e Caribe alcançarão as metas de reduzir a fome no mundo à metade estabelecidas pela ONU em 1996, segundo o relatório.

De acordo com os indicadores da FAO, em 10 anos o número de desnutridos no Brasil diminuiu em 3%.

Moderado

De acordo com o documento, dificilmente será possível atingir as metas para o mundo propostas pela Cúpula Mundial sobre a Alimentação, em 1996, embora alguns países em desenvolvimento já tenham alcançado esse objetivo.

“Há países da América Latina em que a meta já foi atingida. Um deles é Cuba”, diz Jorge Mernies, da divisão estatística da FAO.

“Este progresso é relativo não apenas ao objetivo do milênio, que é reduzir a proporção, mas é positivo também em termos de redução do número”, diz Mernies.

O analista da FAO cita como exemplo alguns países africanos, que conseguem reduzir a proporção, mas não o número, porque registram altas taxas de crescimento demográfico.

“O Brasil, no entanto, está progredindo nos dois indicadores e está em níveis relativamente baixos do problema ”, segundo o analista da FAO.

Para atingir os objetivos do milênio, a FAO sugere investimentos nas áreas rurais e na agricultura.

Segundo as últimas estimativas da entidade, são 852 milhões as pessoas subnutridas, e 75% delas vivem nas zonas rurais, com menos recursos.

Segundo Mernies, o relatório traça uma relação genérica entre crescimento econômico e redução da fome.

O estudo da FAO aponta crescimento econômico, investimento em agricultura, bom governo, estabilidade política e educação como algumas das condições essenciais para reduzir a fome no mundo.

O documento sugere também que os governos favoreçam a participação das pessoas mais pobres no processo produtivo e criem acesso direto aos alimentos através de redes de proteção social.

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