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14/01/2009 - 18h26

Líbano reforça suas tropas na fronteira com Israel

TARIQ SALEH
da BBC Brasil, em Beirute

O comando do Exército libanês enviou nesta quarta-feira tropas para reforçar o contingente na fronteira com Israel, segundo um comunicado militar.

O anúncio foi feito depois que pelo menos três foguetes foram disparados do sul do Líbano contra o norte israelense, na manhã desta quarta-feira. Israel respondeu com o lançamento de quatro mísseis contra o território libanês.

"O Comandante das Forças Armadas, general Jean Qahwaji, ordenou que novas unidades de Forças Especiais fossem posicionadas em alerta máximo para monitorar o lançamento de foguetes e qualquer agressão de Israel contra o território libanês", disse o comunicado.

O Exército reiterou que está em acordo com a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim ao conflito entre o Hizbollah e Israel em 2006, mas acusou Israel de violá-la.

Condenação

O governo libanês condenou o ataque de hoje e exigiu uma ampla investigação sobre o incidente.

"O uso do sul do país como plataforma para lançar foguetes vai contra os interesses nacionais do Líbano, assim como o interesse de palestinos e árabes', declarou o ministro de Informação libanês, Tareq Mitri.

O chefe de relações internacionais do Hizbollah, Nawaf Moussawi, disse que as autoridades libanesas eram responsáveis por detectar o grupo que lançou foguetes a partir do sul.

O grupo xiita reiterou, também, que estava comprometido com qualquer decisão adotada pelo governo libanês.

"Nossa posição é clara e não mudou. É similar àquela do governo, condenamos o ataque a partir do sul", declarou Mohamed Fneish, parlamentar do Hizbollah e ministro do Trabalho.

Os foguetes Katyusha lançados contra Israel vieram das cidades libanesas de El Meri e El Hebbariyeh, atingindo a cidade israelense de Kiryat Shmona.

Autoridades israelenses disseram que os ataques não fizeram vítimas, mas que as explosões deixaram as pessoas em pânico.

Em retaliação, o Exército israelense disparou quatro mísseis que atingiram El Hebbariyeh.
Emissoras de televisão libanesas disseram que dois helicópteros israelenses sobrevoaram a região de onde foram disparados os foguetes.

Esta é a segunda vez em menos de uma semana que Israel é atingido por foguetes Katyushas disparados do sul do Líbano.

No último dia 8, cinco foguetes foram lançados do lado libanês e Israel respondeu com um breve fogo de artilharia.

No domingo, o governo libanês anunciou que havia prendido cinco palestinos e um jordaniano acusados pelo ataque.

Patrulhas

O Exército libanês e as tropas de paz da ONU no Líbano (Unifil) continuaram realizando patrulhas nesta quarta-feira. Várias barreiras foram colocadas nas estradas e soldados vistoriaram carros à procura de armas.

No local em que foram disparados os foguetes de hoje, as tropas encontraram outros foguetes com detonadores.

O comandante das tropas da ONU (Unifil), major-general Claudio Graziano, pediu prudência aos dois lados.

"O comandante da Unifil pediu comedimento e calma e assegurou que está trabalhando com os dois lados para manter a paz ao longo da fronteira", disse a porta-voz da Unifil, Yasmine Bouziane.

Tensão

O Líbano vive um momento de tensão pelo medo de ser arrastado para uma nova guerra contra Israel.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, já havia advertido que qualquer ataque contra Israel vindo do vizinho do norte sofreria uma retaliação.

Em um primeiro momento, os libaneses desconfiaram que o Hizbollah pudesse ter lançado o ataque. Mas o grupo negou, dizendo que não estava interessado em abrir uma nova frente contra o Estado judeu.

O líder do grupo, Hassan Nasrallah, demonstrou, no entanto, apoio ao Hamas desde o primeiro dia do conflito e também ameaçou Israel em caso de ataque contra o Líbano.

Políticos opositores ao grupo xiita vêm alertando sobre a possibilidade de uma nova guerra.

Em 2006, o conflito entre Israel e o Hizbollah deixou 1.200 libaneses mortos, a maioria civis, e vitimou 160 israelenses, a maioria militares.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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