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19/01/2006
-
13h36
O Globo de Ouro de 2005 foi Globo Gay. Ouro de melhor atriz para a hétero Felicity Huffman que faz o papel de um homem que quer virar mulher no filme Transamerica.
Ouro de melhor ator para o hétero Seymour Hoffman que faz o papel do escritor gay Truman Capote.
Ouro múltiplo para Brokeback Mountain, o filme dos cowboys gays que ganhou quatro prémios, inclusive os de melhor filme e melhor diretor.
Ouro para os seriados Desperate Housewives e Will and Grace, ambos com personagens ou temas gays. E outros programas de menos quilates.
Eric McCormack, que faz o papel de Will na série Will and Grace, usou tom de deboche quando disse, no palco, que a fórmula do sucesso, para dramas ou comédias na televisão, precisa incluir algum tema ou personagem gay.
O tom de McCormack era de deboche, mas não é piada. Em 1977, havia um personagem gay na televisão americana.
O programa era Soap with Billy Chrystal, mas o gay, Jodie Dallas, era uma caricatura, um panaca.
Na série Dawson's Creek apareceu o primeiro gay que se comportava como gente normal. Incomodou, mas não chegou a mobilizar a direita cristã.
Pouco depois, a rede ABC foi pioneira entre gays adolescentes com a série My So Called Life. A direita chiou, o público não se comoveu com os personagens. Os gays saíram, mas não sumiram.
Hoje, sem uma pesquisa cuidadosa e só incluindo os shows mais bem-sucedidos com personagens ou temas gays, temos Will and Grace, The L Word, Queer as Folk, Nip/Tuck, Sopranos, Sex and the City, ER, Six Feet Under, Law and Order, Desperate Housewives.
Além deles, temos vários talk shows com apresentadores gays ou lésbicas. Ellen Degeneris foi a pioneira e está mais quente do que nunca.
Hoje é impossível uma noite sem gays ou lésbicas na televisão americana e, no dia seguinte ao Globo de Ouro, a direita cristã estava enfurecida em vários programas jornalísticos e de entrevistas, inclusive no Larry King, na CNN.
Ele, um moderado, quase conseguiu emudecer dois famosos conservadores, a radialista Janet Parshall e o reverendo Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul.
Na ficção e na realidade, a direita cristã grita, mas a caravana gay passa, irrefreável, rumo aos Oscar, aos tribunais e aos altares.
Caravana Gay
da BBC BrasilO Globo de Ouro de 2005 foi Globo Gay. Ouro de melhor atriz para a hétero Felicity Huffman que faz o papel de um homem que quer virar mulher no filme Transamerica.
Ouro de melhor ator para o hétero Seymour Hoffman que faz o papel do escritor gay Truman Capote.
Ouro múltiplo para Brokeback Mountain, o filme dos cowboys gays que ganhou quatro prémios, inclusive os de melhor filme e melhor diretor.
Ouro para os seriados Desperate Housewives e Will and Grace, ambos com personagens ou temas gays. E outros programas de menos quilates.
Eric McCormack, que faz o papel de Will na série Will and Grace, usou tom de deboche quando disse, no palco, que a fórmula do sucesso, para dramas ou comédias na televisão, precisa incluir algum tema ou personagem gay.
O tom de McCormack era de deboche, mas não é piada. Em 1977, havia um personagem gay na televisão americana.
O programa era Soap with Billy Chrystal, mas o gay, Jodie Dallas, era uma caricatura, um panaca.
Na série Dawson's Creek apareceu o primeiro gay que se comportava como gente normal. Incomodou, mas não chegou a mobilizar a direita cristã.
Pouco depois, a rede ABC foi pioneira entre gays adolescentes com a série My So Called Life. A direita chiou, o público não se comoveu com os personagens. Os gays saíram, mas não sumiram.
Hoje, sem uma pesquisa cuidadosa e só incluindo os shows mais bem-sucedidos com personagens ou temas gays, temos Will and Grace, The L Word, Queer as Folk, Nip/Tuck, Sopranos, Sex and the City, ER, Six Feet Under, Law and Order, Desperate Housewives.
Além deles, temos vários talk shows com apresentadores gays ou lésbicas. Ellen Degeneris foi a pioneira e está mais quente do que nunca.
Hoje é impossível uma noite sem gays ou lésbicas na televisão americana e, no dia seguinte ao Globo de Ouro, a direita cristã estava enfurecida em vários programas jornalísticos e de entrevistas, inclusive no Larry King, na CNN.
Ele, um moderado, quase conseguiu emudecer dois famosos conservadores, a radialista Janet Parshall e o reverendo Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul.
Na ficção e na realidade, a direita cristã grita, mas a caravana gay passa, irrefreável, rumo aos Oscar, aos tribunais e aos altares.
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