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24/01/2006
-
07h32
da BBC Brasil, em Washington
O general José Elito Carvalho Siqueira, que tomou posse nesta segunda-feira como comandante militar da missão de estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), disse que o país está preparado para a eleição presidencial do dia 7 de fevereiro. Mas ele não acredita que o pleito aconteça sem problemas de violência.
"Não, não creio", disse o general à BBC Brasil por telefone, de Porto Príncipe. "Isso seria o ideal e vamos torcer, mas é bem provável que tenhamos alguns problemas. Vamos torcer apenas para que estes problemas não interfiram a um ponto considerável (nas eleições)", afirmou.
Garantir a realização das eleições que já foram adiadas várias vezes por problemas de segurança e organização é a prioridade do general Elito nos próximos dias.
Ele nunca havia estado no Haiti e chegou ao país no fim de semana, depois de ter sido indicado para a função pelo governo brasileiro e convidado oficialmente pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, depois de um encontro em Nova York, na semana passada.
"Surpreso"
O general Elito disse que ficou positivamente surpreso com o Haiti, e que de uma maneira geral o país é melhor do que ele esperava.
"Assim como o nosso país, é um lugar de contrastes, mas de um modo geral a situação está calma, o que existem são problemas pontuais, como em Porto Príncipe", afirmou.
O novo comandante da Minustah manteve o discurso de outros representantes da ONU, de que a situação no Haiti está melhor do que há um ano e meio e a violência já foi controlada na área de Bel-Air - embora ainda domine a favela de Cité Soleil, uma área da capital haitiana com mais de 200 mil habitantes.
Na sexta-feira, o chefe das operações de paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno, também disse que há um ano a situação em Bel-Air lembrava a de Cité Soleil e hoje a violência está controlada.
A tese, segundo eles, é que assim como aconteceu em Bel-Air as forças da ONU também serão capazes em breve de controlar a situação em Cité Soleil.
Apesar da pressão que começa a ganhar força no Brasil para que o país deixe a missão, o general Elito descartou a redução das tropas nos próximos meses, depois das eleições de fevereiro.
"No período pós-eleições talvez tenhamos que continuar com missões tão importantes quanto as de hoje. É uma missão de estabilização. Tem ainda o segundo turno, a posse do novo presidente. Acredito que durante este ano as tropas permaneçam com seu efetivo integral", afirmou.
As tropas da Minustah são integradas por 7,5 mil militares e quase 2 mil policiais de 20 país. O Brasil tem o segundo maior contingente, de 1,2 mil homens. O maior é o da Jordânia, de 1,5 mil homens.
O mandato atual vence no dia 15 de fevereiro, mas a ONU dá como certa a renovação para pelo menos mais um período de seis meses. Jean-Marie Guéhenno prevê que o país vai precisar de apoio internacional por vários anos para a criação de uma infra-estrutura física, social e econômica que permita que o país saia da miséria e se desenvolva.
"Esta renovação vai acontecer "n" vezes. Pode ser uma renovação, ou duas ou três ou quatro, vai depender justamente desta evolução depois das eleições", disse o general Elito.
"Se tudo correr bem, o tempo pode ser menor, mas se a ONU achar melhor estender, vai estendendo a cada seis meses."
Novo comandante no Haiti descarta eleições sem violência
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Washington
O general José Elito Carvalho Siqueira, que tomou posse nesta segunda-feira como comandante militar da missão de estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), disse que o país está preparado para a eleição presidencial do dia 7 de fevereiro. Mas ele não acredita que o pleito aconteça sem problemas de violência.
"Não, não creio", disse o general à BBC Brasil por telefone, de Porto Príncipe. "Isso seria o ideal e vamos torcer, mas é bem provável que tenhamos alguns problemas. Vamos torcer apenas para que estes problemas não interfiram a um ponto considerável (nas eleições)", afirmou.
Garantir a realização das eleições que já foram adiadas várias vezes por problemas de segurança e organização é a prioridade do general Elito nos próximos dias.
Ele nunca havia estado no Haiti e chegou ao país no fim de semana, depois de ter sido indicado para a função pelo governo brasileiro e convidado oficialmente pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, depois de um encontro em Nova York, na semana passada.
"Surpreso"
O general Elito disse que ficou positivamente surpreso com o Haiti, e que de uma maneira geral o país é melhor do que ele esperava.
"Assim como o nosso país, é um lugar de contrastes, mas de um modo geral a situação está calma, o que existem são problemas pontuais, como em Porto Príncipe", afirmou.
O novo comandante da Minustah manteve o discurso de outros representantes da ONU, de que a situação no Haiti está melhor do que há um ano e meio e a violência já foi controlada na área de Bel-Air - embora ainda domine a favela de Cité Soleil, uma área da capital haitiana com mais de 200 mil habitantes.
Na sexta-feira, o chefe das operações de paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno, também disse que há um ano a situação em Bel-Air lembrava a de Cité Soleil e hoje a violência está controlada.
A tese, segundo eles, é que assim como aconteceu em Bel-Air as forças da ONU também serão capazes em breve de controlar a situação em Cité Soleil.
Apesar da pressão que começa a ganhar força no Brasil para que o país deixe a missão, o general Elito descartou a redução das tropas nos próximos meses, depois das eleições de fevereiro.
"No período pós-eleições talvez tenhamos que continuar com missões tão importantes quanto as de hoje. É uma missão de estabilização. Tem ainda o segundo turno, a posse do novo presidente. Acredito que durante este ano as tropas permaneçam com seu efetivo integral", afirmou.
As tropas da Minustah são integradas por 7,5 mil militares e quase 2 mil policiais de 20 país. O Brasil tem o segundo maior contingente, de 1,2 mil homens. O maior é o da Jordânia, de 1,5 mil homens.
O mandato atual vence no dia 15 de fevereiro, mas a ONU dá como certa a renovação para pelo menos mais um período de seis meses. Jean-Marie Guéhenno prevê que o país vai precisar de apoio internacional por vários anos para a criação de uma infra-estrutura física, social e econômica que permita que o país saia da miséria e se desenvolva.
"Esta renovação vai acontecer "n" vezes. Pode ser uma renovação, ou duas ou três ou quatro, vai depender justamente desta evolução depois das eleições", disse o general Elito.
"Se tudo correr bem, o tempo pode ser menor, mas se a ONU achar melhor estender, vai estendendo a cada seis meses."
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