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15/03/2006 - 17h09

Seca dizima rebanhos e causa fome na Somália

ADAM MYNOTT
da BBC Brasil

A Somália está enfrentando uma das piores secas das últimas décadas na região nordeste da África. O país também está sem um governo efetivo nos últimos 15 anos.

A combinação dos dois fatores significa a ameaça de uma enorme tragédia humana.

Omar Abdul Haili, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, afirmou que centenas de milhares de pessoas podem morrer se o país não receber doações de alimentos nos próximos dois meses.

"Nunca vi uma situação tão ruim", disse.

Clique aqui para ver fotos da seca na Somália.

Ninguém sabe quantas pessoas na Somália foram afetadas pela seca pois não há informações sobre o tamanho da população do país.

Pastores

A última tentativa de fazer algo que se aproximasse de um censo foi feita na década de 80.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha está comprando grãos nos mercados locais na capital Mogadíscio e distribuindo para os que são considerados mais necessitados.

A área mais afetada pela falta de chuvas é o sul do país, onde a comunidade de pastores está presenciando a morte de milhares de animais.

A FAO (Fundo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) falou na possível morte por falta de alimentos, além de outros fatores relacionados à seca, de 80% dos rebanhos da região.

Milhares de pessoas saíram de outras partes do sul da Somália para a região do baixo Shabelle, para ficar mais perto do rio onde ainda existe um pouco de água barrenta.

Na falta de um governo efetivo no país, a Somália está dividida em áreas rurais dirigidas por líderes locais, adversários uns dos outros.

A Somália é um dos lugares mais hostis do planeta. Viajar pelo país pode ser perigoso.

A seca foi causada principalmente pela falta de chuvas na última estação. E, na última década, a quantidade de chuvas foi mais baixa.

Meteorologistas esperam mais chuvas em breve, mas a quantidade ainda deve ser menor do que a normal.

Mesmo que a quantidade de chuva seja grande e chegue a tempo, a situação de milhares de pessoas no sul da Somália ainda será terrível.

Estima-se que, na região do nordeste da África, 11,5 milhões de pessoas estão sofrendo por causa da seca.
 

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