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09/04/2006
-
09h32
da BBC Brasil, em Lima
Mais de 16,4 milhões de peruanos decidem neste domingo o primeiro turno das eleições presidenciais em que três dos 20 candidatos aparecem com chances de conseguir uma das duas vagas em um provável segundo turno.
As últimas pesquisas realizadas no país indicam que nenhum dos candidatos deve conseguir mais da metade dos votos válidos, o que provocaria a realização de um segundo turno, previsto para o dia 7 de maio.
A expectativa é de uma disputa acirrada entre o nacionalista Ollanta Humala, a advogada Lourdes Flores e o ex-presidente Alan García. Nas vésperas do primeiro turno, pelo menos dois candidatos renunciaram à disputa para apoiar Flores e García.
Humala, que até o fim de semana anterior às eleições era considerado presença certa em um provável segundo turno, se tornou o principal alvo de ataques dos adversários na reta final da campanha.
Militar da reserva, Ollanta Humala causou polêmica ao associar suas propostas nacionalistas a um estilo que tem sido comparado ao do líder venezuelano Hugo Chávez.
Polarização
A própria retórica de Humala ajudou a polarizar a disputa eleitoral peruana. De um lado, Flores e García apontam o adversário como um risco para a democracia no país. De outro, o líder nacionalista se apresenta como uma opção aos “políticos tradicionais”.
Flores, que já disputou as eleições presidenciais em 2001, é considerada a candidata favorita do setor empresarial e dos investidores estrangeiros.
Assim como a adversária, García, que presidiu o país entre 1985 e 1990, também foi derrotado nas últimas eleições pelo atual presidente, Alejandro Toledo.
Toledo, que oficialmente não apóia nenhum candidato nas eleições deste domingo, amarga um baixo índice de popularidade junto aos peruanos, apesar dos bons indicadores econômicos registrados no seu governo.
De acordo com projeções de institutos de pesquisa, o partido do presidente, o Peru Possível, deve perder espaço no novo Congresso, que será eleito na votação deste domingo.
Além de votar nas eleições presidenciais e legislativas, os peruanos também escolherão neste domingo os novos representantes do país no Parlamento andino, órgão consultivo da Comunidade Andina de Nações (que, além do Peru, reúne Venezuela, Bolívia, Colômbia e Equador).
‘País em marcha’
Na noite de sábado, em um pronunciamento transmitido em rede nacional, Toledo defendeu o seu governo e pediu que os peruanos participem ativamente da votação deste domingo.
“Assegure-se que a liberdade de expressão, os direitos humanos, a independência dos poderes e as políticas sociais, pelos quais tenho um profundo respeito, se consolidem e cresçam”, afirmou.
“Nossa casa vem crescendo por 56 meses consecutivos. Nem tudo foi cor-de-rosa e falta muito para alcançar a inclusão de todos”, acrescentou Toledo.
“É necessário seguir fazendo crescer a casa. Nosso país está em marcha. Assegure-se que isso não se detenha”, concluiu o presidente, que durante a campanha trocou ataques com o candidato nacionalista Ollanta Humala.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ollanta Humala
Leia o que já foi publicado sobre Lourdes Flores
Leia o que já foi publicado sobre Alan García
Leia o que já foi publicado sobre as eleições peruanas
Peruanos vão às urnas para decidir disputa acirrada
DIEGO TOLEDOda BBC Brasil, em Lima
Mais de 16,4 milhões de peruanos decidem neste domingo o primeiro turno das eleições presidenciais em que três dos 20 candidatos aparecem com chances de conseguir uma das duas vagas em um provável segundo turno.
As últimas pesquisas realizadas no país indicam que nenhum dos candidatos deve conseguir mais da metade dos votos válidos, o que provocaria a realização de um segundo turno, previsto para o dia 7 de maio.
A expectativa é de uma disputa acirrada entre o nacionalista Ollanta Humala, a advogada Lourdes Flores e o ex-presidente Alan García. Nas vésperas do primeiro turno, pelo menos dois candidatos renunciaram à disputa para apoiar Flores e García.
Humala, que até o fim de semana anterior às eleições era considerado presença certa em um provável segundo turno, se tornou o principal alvo de ataques dos adversários na reta final da campanha.
Militar da reserva, Ollanta Humala causou polêmica ao associar suas propostas nacionalistas a um estilo que tem sido comparado ao do líder venezuelano Hugo Chávez.
Polarização
A própria retórica de Humala ajudou a polarizar a disputa eleitoral peruana. De um lado, Flores e García apontam o adversário como um risco para a democracia no país. De outro, o líder nacionalista se apresenta como uma opção aos “políticos tradicionais”.
Flores, que já disputou as eleições presidenciais em 2001, é considerada a candidata favorita do setor empresarial e dos investidores estrangeiros.
Assim como a adversária, García, que presidiu o país entre 1985 e 1990, também foi derrotado nas últimas eleições pelo atual presidente, Alejandro Toledo.
Toledo, que oficialmente não apóia nenhum candidato nas eleições deste domingo, amarga um baixo índice de popularidade junto aos peruanos, apesar dos bons indicadores econômicos registrados no seu governo.
De acordo com projeções de institutos de pesquisa, o partido do presidente, o Peru Possível, deve perder espaço no novo Congresso, que será eleito na votação deste domingo.
Além de votar nas eleições presidenciais e legislativas, os peruanos também escolherão neste domingo os novos representantes do país no Parlamento andino, órgão consultivo da Comunidade Andina de Nações (que, além do Peru, reúne Venezuela, Bolívia, Colômbia e Equador).
‘País em marcha’
Na noite de sábado, em um pronunciamento transmitido em rede nacional, Toledo defendeu o seu governo e pediu que os peruanos participem ativamente da votação deste domingo.
“Assegure-se que a liberdade de expressão, os direitos humanos, a independência dos poderes e as políticas sociais, pelos quais tenho um profundo respeito, se consolidem e cresçam”, afirmou.
“Nossa casa vem crescendo por 56 meses consecutivos. Nem tudo foi cor-de-rosa e falta muito para alcançar a inclusão de todos”, acrescentou Toledo.
“É necessário seguir fazendo crescer a casa. Nosso país está em marcha. Assegure-se que isso não se detenha”, concluiu o presidente, que durante a campanha trocou ataques com o candidato nacionalista Ollanta Humala.
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