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24/06/2006
-
17h59
da BBC Brasil, em Lisboa
Participantes da parada do orgulho gay em Lisboa, realizada neste sábado, fizeram um minuto de silêncio para lembrar a morte do travesti brasileiro Gisberto Salce Júnior, assassinado em fevereiro por um grupo de adolescentes.
O caso, que aconteceu na cidade de Porto, também foi lembrado em outras cidades da Europa. "Já houve manifestações em Paris, Madri, Barcelona, Bruxelas, Marselha, Atenas e Berlim para homenagear Gisberto", afirma Sérgio Vitorino, do grupo homossexual Panteras Rosa.
O julgamento dos adolescentes vai acontecer em julho, e o único que se encontrava em prisão preventiva, por ter mais de 16 anos, foi libertado.
"Para nós, o mais importante não é o julgamento ou a condenação. Queremos prevenir que esse tipo de crimes aconteça e isso só vai ser possível com o reconhecimento por parte do Estado da população trans", diz Vitorino.
Reivindicações
A parada gay de Lisboa reuniu um número menor de pessoas neste ano, que foi a sua sétima edição. Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação --no ano anterior foi o dobro.
Durante o trajeto percorrido, houve uma mistura entre parada festiva e manifestação política. Alguns participantes gritavam palavras de ordem contra a homofobia, pela igualdade de direitos, enquanto os outros eram animados por música tecno que saía de duas caixas de som colocadas na parte de trás de uma caminhonete.
As reivindicações eram pelo direito ao casamento homossexual, pela adoção por parte de casais do mesmo sexo e pela fertilização in vitro de lésbicas.
Perto do final do percurso, todos pararam e fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Gisberto. Este paulistano de 45 anos vivia em Portugal há 14 anos --país onde tentava juntar dinheiro para uma operação de mudança de sexo.
No dia 14 de fevereiro, o grupo de 12 adolescentes da instituição de acolhimento de jovens Oficinas de São José, ligada à Igreja católica, bateu no travesti brasileiro e o violentou sexualmente. A vítima então desmaiou, foi jogada em um poço e morreu afogada.
O crime foi descoberto depois de um deles ter contado o que aconteceu a uma professora na semana seguinte.
Parada gay em Lisboa homenageia travesti brasileiro morto
JAIR RATTNERda BBC Brasil, em Lisboa
Participantes da parada do orgulho gay em Lisboa, realizada neste sábado, fizeram um minuto de silêncio para lembrar a morte do travesti brasileiro Gisberto Salce Júnior, assassinado em fevereiro por um grupo de adolescentes.
O caso, que aconteceu na cidade de Porto, também foi lembrado em outras cidades da Europa. "Já houve manifestações em Paris, Madri, Barcelona, Bruxelas, Marselha, Atenas e Berlim para homenagear Gisberto", afirma Sérgio Vitorino, do grupo homossexual Panteras Rosa.
O julgamento dos adolescentes vai acontecer em julho, e o único que se encontrava em prisão preventiva, por ter mais de 16 anos, foi libertado.
"Para nós, o mais importante não é o julgamento ou a condenação. Queremos prevenir que esse tipo de crimes aconteça e isso só vai ser possível com o reconhecimento por parte do Estado da população trans", diz Vitorino.
Reivindicações
A parada gay de Lisboa reuniu um número menor de pessoas neste ano, que foi a sua sétima edição. Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação --no ano anterior foi o dobro.
Durante o trajeto percorrido, houve uma mistura entre parada festiva e manifestação política. Alguns participantes gritavam palavras de ordem contra a homofobia, pela igualdade de direitos, enquanto os outros eram animados por música tecno que saía de duas caixas de som colocadas na parte de trás de uma caminhonete.
As reivindicações eram pelo direito ao casamento homossexual, pela adoção por parte de casais do mesmo sexo e pela fertilização in vitro de lésbicas.
Perto do final do percurso, todos pararam e fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Gisberto. Este paulistano de 45 anos vivia em Portugal há 14 anos --país onde tentava juntar dinheiro para uma operação de mudança de sexo.
No dia 14 de fevereiro, o grupo de 12 adolescentes da instituição de acolhimento de jovens Oficinas de São José, ligada à Igreja católica, bateu no travesti brasileiro e o violentou sexualmente. A vítima então desmaiou, foi jogada em um poço e morreu afogada.
O crime foi descoberto depois de um deles ter contado o que aconteceu a uma professora na semana seguinte.
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