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02/07/2006
-
08h57
da BBC Brasil, na Cidade do México
Os mexicanos vão às urnas neste domingo para eleger um novo presidente e renovar o Congresso nacional, em um pleito dominado pelas campanhas de dois candidatos com programas radicalmente diferentes: o candidato conservador do Partido Ação Nacional (PAN), Felipe Calderón, e o candidato de centro-esquerda Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD).
Felipe Calderón, advogado formado na Universidade de Harvard nos Estados Unidos e ex-ministro da Energia da atual gestão, é o candidato do atual presidente Vicente Fox. Promete a continuidade da gestão foxista e se autodenomina o "candidato do emprego".
Atualmente, grande parte dos mexicanos estão subempregados. Dos trabalhadores em atividade, 60% se mantém da economia informal.
O candidato, representante da direita do país, é o favorito também dos mercados. Uma das suas principais propostas de governo é a redução de impostos para atrair os investidores estrangeiros.
Ajudar aos pobres
De outro lado está o centro-esquerdista López Obrador, que afirma que seu país precisa "udar de caminho" O candidato promete dar prioridade aos pobres durante sua gestão --com programa assistências, construção de hospitais e estradas-- e rever o Tratado de Livre Comércio com Estados Unidos e Canadá (Nafta pelas siglas em inglês).
Analistas comparam López Obrador --ex-prefeito da Cidade do México-- com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos possuem apoio popular, mas não significam uma ameaça ao modelo de política econômica de liberalização adotado em seus países, peça chave para tranqüilizar os mercados internacionais.
Apesar de a eventual eleição de Obrador ser vista como guinada à esquerda, para alguns setores da própria esquerda mexicana, Obrador significa "mais do mesmo". Entre os assessores do candidato do PRD estão ex-funcionários do ex- presidente Carlos Salinas de Gortari (1988 1994).
Salinas, que prometia levar o México ao status de primeiro mundo, foi o responsável pela liberalização da economia e pela assinatura do Tratado de Livre Comércio entre México, Estados Unidos e Canadá (NAFTA).
Em terceiro nas pesquisas, aparecia o candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Roberto Madrazo. O partido de Madrazo dominou o país por 70 anos, até ser derrotado nas urnas no ano 2000, com a eleição do presidente Vicente Fox.
Mais de 71 milhões de mexicanos têm direito a voto. De acordo com o Instituto Federal Eleitoral aproximadamente 13 milhões de mexicanos votarão pela primeira vez, dos quais 12 milhões tem idade entre 18 e 24 anos. No México o voto é facultativo.
Indecisos
As últimas pesquisas de intenção de voto indicavam que Obrador e Calderón estavam praticamente empatados, e analistas dizem que os eleitores indecisos é que devem decidir o futuro do país.
O vigilante Jesus Garcia a poucas horas da abertura das mesas de votação ainda não tinha decidido em quem votar.
"Ainda tenho algumas horas de trabalho. Enquanto isso, decido em quem vou votar", afirma Garcia, que votou em Vicente Fox há seis anos.
Se a composição do Congresso se mantiver como está, divida entre PRI, PRD e PAN, quem assumir o Palácio de Governo terá que "fazer alianças para poder governar", advertiu o ex-deputado Javier Algara, do PAN.
De acordo com o Instituto Federal Eleitoral, a partir das 23 horas deste domingo(01h00 da manhã de segunda-feira em Brasília) serão divulgados os resultados preliminares das eleições.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições no México
México vai às urnas escolher novo presidente
CLAUDIA JARDIMda BBC Brasil, na Cidade do México
Os mexicanos vão às urnas neste domingo para eleger um novo presidente e renovar o Congresso nacional, em um pleito dominado pelas campanhas de dois candidatos com programas radicalmente diferentes: o candidato conservador do Partido Ação Nacional (PAN), Felipe Calderón, e o candidato de centro-esquerda Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD).
Felipe Calderón, advogado formado na Universidade de Harvard nos Estados Unidos e ex-ministro da Energia da atual gestão, é o candidato do atual presidente Vicente Fox. Promete a continuidade da gestão foxista e se autodenomina o "candidato do emprego".
Atualmente, grande parte dos mexicanos estão subempregados. Dos trabalhadores em atividade, 60% se mantém da economia informal.
O candidato, representante da direita do país, é o favorito também dos mercados. Uma das suas principais propostas de governo é a redução de impostos para atrair os investidores estrangeiros.
Ajudar aos pobres
De outro lado está o centro-esquerdista López Obrador, que afirma que seu país precisa "udar de caminho" O candidato promete dar prioridade aos pobres durante sua gestão --com programa assistências, construção de hospitais e estradas-- e rever o Tratado de Livre Comércio com Estados Unidos e Canadá (Nafta pelas siglas em inglês).
Analistas comparam López Obrador --ex-prefeito da Cidade do México-- com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos possuem apoio popular, mas não significam uma ameaça ao modelo de política econômica de liberalização adotado em seus países, peça chave para tranqüilizar os mercados internacionais.
Apesar de a eventual eleição de Obrador ser vista como guinada à esquerda, para alguns setores da própria esquerda mexicana, Obrador significa "mais do mesmo". Entre os assessores do candidato do PRD estão ex-funcionários do ex- presidente Carlos Salinas de Gortari (1988 1994).
Salinas, que prometia levar o México ao status de primeiro mundo, foi o responsável pela liberalização da economia e pela assinatura do Tratado de Livre Comércio entre México, Estados Unidos e Canadá (NAFTA).
Em terceiro nas pesquisas, aparecia o candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Roberto Madrazo. O partido de Madrazo dominou o país por 70 anos, até ser derrotado nas urnas no ano 2000, com a eleição do presidente Vicente Fox.
Mais de 71 milhões de mexicanos têm direito a voto. De acordo com o Instituto Federal Eleitoral aproximadamente 13 milhões de mexicanos votarão pela primeira vez, dos quais 12 milhões tem idade entre 18 e 24 anos. No México o voto é facultativo.
Indecisos
As últimas pesquisas de intenção de voto indicavam que Obrador e Calderón estavam praticamente empatados, e analistas dizem que os eleitores indecisos é que devem decidir o futuro do país.
O vigilante Jesus Garcia a poucas horas da abertura das mesas de votação ainda não tinha decidido em quem votar.
"Ainda tenho algumas horas de trabalho. Enquanto isso, decido em quem vou votar", afirma Garcia, que votou em Vicente Fox há seis anos.
Se a composição do Congresso se mantiver como está, divida entre PRI, PRD e PAN, quem assumir o Palácio de Governo terá que "fazer alianças para poder governar", advertiu o ex-deputado Javier Algara, do PAN.
De acordo com o Instituto Federal Eleitoral, a partir das 23 horas deste domingo(01h00 da manhã de segunda-feira em Brasília) serão divulgados os resultados preliminares das eleições.
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