Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/07/2006 - 06h49

Indústria da Venezuela teme entrada no Mercosul, diz jornal

da BBC Brasil

Os empresários da Venezuela vêem com reservas a entrada do país no Mercosul, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal El Universal, de Caracas.

Um dos entrevistados pelo jornal é o presidente da Confederação da Indústria Venezuelana (Conindustria), Silvano Gelleni, que critica o fato de o presidente Hugo Chávez não ter consultado os diversos setores produtivos antes de se decidir pela assinatura do protocolo de adesão, prevista para esta terça-feira na capital venezuelana.

Segundo Gelleni, os empresários estão preocupados com as "assimetrias" entre Brasil e Argentina. "O tamanho da produção do país vizinho é pelo menos dez vezes maior do que o da nossa", diz o presidente da Conindustria, referindo-se à indústria brasileira.

A adesão será formalizada em uma cerimônia que deverá contar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes dos outros três países que compõem o bloco (Argentina, Paraguai e Uruguai).

Entra e sai?

Já o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos, afirma em entrevista ao jornal Financial Times que considera deixar o Mercosul se Brasil e Argentina não abandonarem suas políticas "protecionistas".

Duarte atacou Brasil e Argentina pelo "egoísmo e mesmo hipocrisia": "Juntos, os países do Mercosul condenam o protecionismo dos Estados Unidos e da União Européia, quando as mesmas práticas persistem entre nós", afirmou Duarte, em entrevista à jornalista do FT em Assunção.

Para o líder paraguaio, a união aduaneira firmada 15 anos atrás não rendeu ao seu país o acesso esperado aos mercados brasileiro e argentino.

Duarte também disse que a entrada da Venezuela pode transformar o bloco num fórum de "maniqueísmo político e exacerbação de confrontações ideológicas e dogmáticas".

Para assegurar o apoio paraguaio, Duarte propõe que o governo de Hugo Chávez compre parte da dívida paraguaia, como fez com a Argentina.

Bussunda

O jornal britânico The Guardian lembra em sua seção de obituários o humorista Bussunda. O texto do diário elogia o humor inteligente do comediante "que atormentou políticos, músicos, atletas e atores".

Como é costume na imprensa britânica, o jornal publica um obituário sobre o "maior comediante do Brasil" duas semanas depois da sua morte, por ataque cardíaco, no último dia 17 de junho.

O diário destaca o programa de TV Casseta e Planeta - Urgente como o auge da carreira de Bussunda, iniciada nos anos 80 com "ataques mordazes" aos governantes do país "que saía de uma ditadura notória pelas suas leis de censura".

"Seus golpes sarcásticos ao sistema estabelecido no Brasil reverberaram em um país notório por políticos que defendem seus interesses pessoais e socialites em busca de atenção", diz o autor do texto, Tom Phillips, sobre o programa.

O Guardian destaca as imitações que Bussunda fazia do acatante Ronaldo (Ronaldo "Fofômeno") e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - "sinistramente precisa".

Para o autor do texto, além do poder de satirizar personalidades, Bussunda - ou Cláudio Besserman Vianna - se tornou "um importante, embora pouco convencional" comentarista político.

Bin Laden

Nos Estados Unidos, o jornal The New York Times destaca a revelação de que a CIA (agência secreta americana) fechou a unidade voltada para a captura do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.

Fontes da CIA disseram ao NYT que a decisão reflete "uma visão de que a Al Qaeda não é tão hierárquica quanto antes", e uma preocupação de que "grupos inspirados pela Al-Qaeda tenham começado a realizar ataques independentemente de Bin Laden e seu vice, Ayman al-Zawahiri".

A unidade estava em operação há dez anos, quando o nome do dissidente saudita ainda não era conhecido mundialmente e muito antes de o presidente George W. Bush prometer capturá-lo "vivo ou morto", logo após os ataques de 11 de setembro de 2001 aos EUA.

O fechamento teria ocorrido no final do ano passado, mas só foi confirmado nesta segunda-feira.

Uma porta-voz da agência, Jennifer Millerwise, defendeu a decisão e enfatizou que os esforços para encontrar Bin Laden "continuam mais fortes do que nunca".

O New York Times lembra que a guerra no Iraque está colocando pressão sobre os recursos do Pentágono e criando novas prioridades - por exemplo, parte da equipe que procurava Bin Laden foi redirecionada para Abu Musab al-Zarqawi, recentemente morto em uma operação no Iraque.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página