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18/08/2006
-
10h44
da BBC Brasil, em Brasília
O ex-presidente paraguaio Alfredo Stroessner foi sepultado nesta quinta-feira no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, numa cerimônia discreta com a presença de familiares e de uns poucos partidários políticos vindos do Paraguai.
Stroessner morreu na quarta-feira no Hospital Santa Luzia, onde estava internado desde o fim do mês passado. Ele estava exilado no Brasil desde 1989, quando um golpe o tirou do poder.
Entre as cerca de 60 pessoas que acompanharam a cerimônia havia dois ex-integrantes de governos paraguaios: o ex-ministro de Obras Públicas José Alberto Planás e o ex-presidente da Suprema Corte na época de Stroessner Hiran Delgado Von Lappel.
Nem a embaixada do Paraguai nem o governo brasileiro enviaram representante oficial. No velório, no dia anterior, e na missa, realizada nesta quinta-feira de manhã na casa da família, havia diplomatas paraguaios amigos da família.
O caixão com o corpo de Stroessner estava coberto com as bandeiras do Paraguai e do Partido Colorado.
Neto
O neto de Stroessner, Alfredo “Goli” Stroessner, herdeiro político do avô e um dos dirigentes do Partido Colorado, foi o primeiro a falar no momento da sepultura. “Querido avô, Deus saberá premiar-te por tudo o que fizestes pelo país”, afirmou. “Nós levamos o seu nome com orgulho. Com orgulho seguiremos seu caminho”, continuou. O neto disse que Stroessner era “um exemplo de patriotismo e amor à Pátria”.
Outras pessoas fizeram breves discursos de apoio a Stroessner, dizendo que o país ainda iria reconhecer a importância do que ele fez pelo Paraguai.
Cerca de 30 fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas, principalmente das agências de notícias, acompanharam o enterro. A família permitiu a presença da imprensa, só pediu que os fotógrafos e cinegrafistas se afastassem para permitir que os familiares se acomodassem ao redor do caixão.
De acordo com a embaixada paraguaia, a família Stroessner não chegou a fazer um pedido oficial para levar o corpo do ex-presidente para seu país natal.
O filho dele, o coronel Gustavo Stroessner, também exilado no Brasil, tem mandado de prisão decretada por crimes cometidos durante o governo e não conseguiu garantias de que teria autorização para entrar no país para enterrar o pai. A intenção, segundo diplomatas paraguaios, é negociar esta autorização mais tarde, e aí sim exumar o cadáver e enterrá-lo no Paraguai.
O cemitério onde o corpo foi enterrado é do tipo parque. A sepultura será marcada por uma lápide de pedra no gramado.
O padre Antônio Gomes, da paróquia do Perpétuo Socorro, no Lago Sul, freqüentada pela família, abençoou o túmulo. De manhã, o padre Abdon Guimarães, da mesma paróquia, havia rezado uma missa de corpo presente na residência da família.
Stroessner tem sepultamento discreto em Brasília
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Brasília
O ex-presidente paraguaio Alfredo Stroessner foi sepultado nesta quinta-feira no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, numa cerimônia discreta com a presença de familiares e de uns poucos partidários políticos vindos do Paraguai.
Stroessner morreu na quarta-feira no Hospital Santa Luzia, onde estava internado desde o fim do mês passado. Ele estava exilado no Brasil desde 1989, quando um golpe o tirou do poder.
Entre as cerca de 60 pessoas que acompanharam a cerimônia havia dois ex-integrantes de governos paraguaios: o ex-ministro de Obras Públicas José Alberto Planás e o ex-presidente da Suprema Corte na época de Stroessner Hiran Delgado Von Lappel.
Nem a embaixada do Paraguai nem o governo brasileiro enviaram representante oficial. No velório, no dia anterior, e na missa, realizada nesta quinta-feira de manhã na casa da família, havia diplomatas paraguaios amigos da família.
O caixão com o corpo de Stroessner estava coberto com as bandeiras do Paraguai e do Partido Colorado.
Neto
O neto de Stroessner, Alfredo “Goli” Stroessner, herdeiro político do avô e um dos dirigentes do Partido Colorado, foi o primeiro a falar no momento da sepultura. “Querido avô, Deus saberá premiar-te por tudo o que fizestes pelo país”, afirmou. “Nós levamos o seu nome com orgulho. Com orgulho seguiremos seu caminho”, continuou. O neto disse que Stroessner era “um exemplo de patriotismo e amor à Pátria”.
Outras pessoas fizeram breves discursos de apoio a Stroessner, dizendo que o país ainda iria reconhecer a importância do que ele fez pelo Paraguai.
Cerca de 30 fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas, principalmente das agências de notícias, acompanharam o enterro. A família permitiu a presença da imprensa, só pediu que os fotógrafos e cinegrafistas se afastassem para permitir que os familiares se acomodassem ao redor do caixão.
De acordo com a embaixada paraguaia, a família Stroessner não chegou a fazer um pedido oficial para levar o corpo do ex-presidente para seu país natal.
O filho dele, o coronel Gustavo Stroessner, também exilado no Brasil, tem mandado de prisão decretada por crimes cometidos durante o governo e não conseguiu garantias de que teria autorização para entrar no país para enterrar o pai. A intenção, segundo diplomatas paraguaios, é negociar esta autorização mais tarde, e aí sim exumar o cadáver e enterrá-lo no Paraguai.
O cemitério onde o corpo foi enterrado é do tipo parque. A sepultura será marcada por uma lápide de pedra no gramado.
O padre Antônio Gomes, da paróquia do Perpétuo Socorro, no Lago Sul, freqüentada pela família, abençoou o túmulo. De manhã, o padre Abdon Guimarães, da mesma paróquia, havia rezado uma missa de corpo presente na residência da família.
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