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26/05/2009 - 16h49

Agente britânico que mudou relatório de Jean Charles é inocentado

da BBC

O policial britânico que admitiu ter alterado suas anotações sobre o que aconteceu no dia da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes foi inocentado em um inquérito realizado pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) no Reino Unido.

O policial, identificado apenas como Owen, admitiu ter apagado uma linha de um arquivo de computador antes de prestar depoimento, em outubro do ano passado, para os jurados que investigavam as circunstâncias da morte do eletricista, de 27 anos, dentro de um vagão do metrô de Londres, em 22 de julho de 2005.

01.nov.07/AP
Jean Charles foi assassinado em 2005, em uma estação de trem em Londres; agente que alterou anotações sobre o crime foi inocentado
Jean Charles foi assassinado em 2005, em uma estação de trem em Londres; agente que alterou anotações sobre o crime foi inocentado

Jean Charles levou sete tiros na cabeça após ser confundido pela polícia com um suposto terrorista que havia participado de um ataque frustrado à rede de transportes da capital britânica no dia anterior.

A nova investigação concluiu que o oficial agiu com inocência e sem má-fé ao ter feito as alterações e, por isso, não poderia ser culpado de tentar, propositalmente, enganar alguém.

Originalmente, as anotações diziam que Cressida Dick, comandante da ação que culminou com a morte do brasileiro, havia dito que Jean Charles poderia "entrar no metrô porque não estava carregando nada". Mas o policial disse que acreditava que a frase estava "errada e que ela dava uma falsa impressão" e, por isso, a apagou.

Papel periférico

Na operação envolvendo Jean Charles, Owen atuou como supervisor acompanhando os acontecimentos a partir de uma sala de controle na sede da Scotland Yard. A IPCC concluiu que Owen agiu sozinho ao não divulgar e apagar a anotação, e que demonstrou uma "falta de entendimento" na forma como deveria ter se comportado. No entanto, afirmou a IPCC, o policial "não cometeu uma infração".

"Não há evidência de erro proposital nesta instância pela polícia metropolitana como um todo ou por um indivíduo dentro da corporação", diz o documento final.

O relatório da comissão ainda afirma que o papel do oficial era "periférico" e que ele tinha um "entendimento limitado" do que estava sendo discutido. A vice-diretora da IPCC Deborah Glass disse que o policial foi "consistente" na explicação sobre por que apagou a anotação.

Comentários dos leitores
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h50
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h50
tive q ler o comentário da tal "ellen" ... mas que mente tacanha e revoltada, heim?! senti vergonha alheira por "habitar" o mesmo mundo que essa senhora!
primeiro: o cara era ilegal... e aí acabou!!!
sem opinião
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Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h44
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h44
ahhhhhh para tudo!!! sinceramente tem horas que não dá pra acreditar nas coisas que leio... monumento? fala sério!!! sem opinião
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Como disse a Ellen, agora somos ilegais. Tudo muito conveniente, entretanto nossas riquezas naturais são extremamente legais para os interesses ingleses, sempre foram.
A Inglaterra cometeu um papelão tão ridículo que fica difícil argumentar. O caso de Jean Charles é uma grande vergonha para uma das polícias com o maior ego do mundo, a britânica. É, ego misturado com racismo não vence o terrorismo internacional.
Compreendo o cansaço do pai de Jean com isso tudo,
certamente ele agora quer ser deixado em paz.
O que fica é a vergonha para os ingleses.
Enquanto em filmes hollywoodianos o James Bond salva o mundo, na vida real Mister Blair e seu sucessor Brown afundam tudo.
Onde está a "eficiência britânica"? Seus "valores civilizados"? 7 tiros na cabeça? Pelas costas? Sobre a "civilidade" britânica os indianos tem muito a dizer, assim como a família de Jean Charles.

P.S: Sobre as questões coloniais levantadas pela Ellen, quem tiver interesse leia "Holocaustos Coloniais" de Mike Davis.
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