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Forças do Irã isolaram Universidade de Teerã, dizem estudantes
TARIQ SALEH
da BBC Brasil
Estudantes relataram por e-mail e telefone à BBC Brasil que a Universidade Teerã se transformou num dos maiores focos de tensão da capital do Irã nesta segunda-feira.
O iraniano Parham D. relatou que as imediações da universidade, tradicional ponto de encontro de intelectuais e reformistas iranianos, estão cercadas por forças de segurança, e que muitas lojas e bancos estão fechados por medo de mais violência. "Eu estou do lado de fora e outros estudantes vieram me falar que há vários manifestantes presos em um dos campus. A polícia não deixa eles saírem para evitar que se juntem a outros manifestantes."
Parham acrescentou que o maior medo por parte das pessoas é a polícia secreta. "Eles andam à paisana, se misturam entre os estudantes. Se nós nos reunimos em um grande grupo, a polícia chega e bate com cacetetes", explicou ele, afirmando que a determinação de estudantes protestarem contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad é grande.
"Todos nós iremos protestar, não temos mais nada a perder. Tem pessoas entre nós que não querem mais ficar caladas, a frustração foi muito grande".
Protestos eclodiram em Teerã no sábado (13), depois que Ahmadinejad foi reeleito com mais de 62% dos votos. O adversário reformista Mir Hossein Mousavi, que aparecia como favorito em pesquisas, ficou com 33% no pleito. O resultado levantou suspeitas de fraude por parte de Mousavi e outros líderes de oposição.
Manhã tensa
Segundo outro estudante, Yashar K., algumas lideranças alertaram para o fato de as forças de segurança iranianas terem sido autorizadas a usar munição letal nas imediações da universidade. "Isso causou um medo muito grande, decidimos que as mulheres ficariam mais comedidas nas marchas para evitar que se machucassem, mas muitas recusaram".
Em 1999, a Universidade de Teerã foi palco de manifestações estudantis contra o regime e culminou com a morte de vários estudantes. "A lembrança de outras manifestações nos causa preocupação, mas não vamos recuar", disse Yashar.
Outros líderes reformistas se juntaram às críticas contra o resultado da eleição e novos protestos ganharam força, inclusive em outra universidade, a Universidade Sharif. O programador Kamyar disse que presenciou esta manhã confrontos entre partidários de Mousavi e de Ahmadinejad.
"Eu estava passando por um dos bairros onde havia uma manifestação quando homens com cacetetes chegaram e entraram em brigas com o pessoal do Mousavi", relatou Kamyar. Ele explicou que há um medo muito grande na capital de que o pior ainda estaria por vir. "Muitas pessoas, especialmente as mais velhas, recordam de cenas parecidas em outros anos e os resultados foram mortes por causa da repressão da polícia".
Kamyar também disse que viu várias pessoas, inclusive mulheres, serem presas e levadas em carros por estarem reunidos em grande número. "Em alguns casos, os militantes revidavam, atirando pedras nos policiais, que saíam correndo. Os presos então conseguiam escapar da polícia", falou Kamyar.
O governo bloqueou o envio de mensagens por celular, páginas de relacionamento social e, segundo relatos, fechou jornais pró-reformas.
Revolução
O ativista Naeim K. disse que há um clima de motivação entre os militantes por reformas. "Pode parecer exagerado, mas eu me sinto no meio de uma nova revolução. Há muita revolta entre as pessoas, principalmente os jovens, com o resultado da eleição", enfatizou Naeim, que também revelou que estaria indo a qualquer protesto que estivesse para acontecer.
Segundo ele, os jovens estudantes estão "muito motivados para trazer uma reforma ao país e que a intimidação não faria que recuassem".
Segundo ele, havia na manhã e na tarde desta segunda-feira um grande contingente de policiais no centro da capital, onde milhares de partidários de Mousavi se reuniram para protestar contra os resultados eleitorais. "A presença do Mousavi nos dará mais força. Vamos até o fim agora".
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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