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30/10/2006
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10h50
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva "governou na direita", mas "fez campanha na esquerda" --assim o jornal "The New York Times" tentou definir os quatro anos do governo petista, e explicar a estratégia que levou à reeleição do atual ocupante do Palácio do Planalto, neste domingo.
A matéria publicada nesta segunda-feira diz que Lula "garantiu o superávit primário que deleita Wall Street e o FMI (Fundo Monetário Internacional)". Mas soube usar essas medidas para passar sinais de soberania.
"Um pagamento de empréstimo ao FMI, por exemplo, foi embalado para fazer parecer que Lula estava dizendo à instituição para não enfiar o nariz nos negócios do Brasil."
As eleições brasileiras foram destaque em jornais internacionais ao redor do planeta, nesta segunda-feira. Quase todas as matérias notaram a reabilitação do presidente identificado com os pobres, apesar das denúncias de corrupção contra seu governo.
Feridas
O "Wall Street Journal" diz que "usando carisma e um ar de homem comum para superar escândalos de corrupção, Lula venceu facilmente o segundo turno das eleições brasileiras".
Mas o jornal alerta que Lula terá pela frente o "formidável desafio de curar as feridas deixadas por uma campanha amarga, que apelou para diferenças regionais e de classe".
O "Washington Post" preferiu interpretar as eleições brasileiras como um "referendo em relação a Lula", segundo as palavras de um eleitor entrevistado em sua matéria.
"Para muitos, Alckmin foi simplesmente o receptor dos votos de protesto, passivo em uma eleição completamente definida pelo carismático porém controverso Lula", diz o jornal.
Mercosul "em festa"
Os jornais argentinos destacaram que a vitória de Lula fortalece os planos de "mais Mercosul" --expressão utilizada pelo argentino "Página 12" em contraposição ao "Mercosul puramente econômico de Geraldo Alckmin".
"Os aliados do Mercosul estão em festa", diz um dos artigos do jornal nesta segunda-feira.
O "Clarín" aborda os principais desafios do próximo governo, e diz que Lula será cobrado para que o país supere seu "crescimento anêmico" em torno de 2% ao ano, e se aproxime da média de 4,8% da América Latina.
Para o jornal, a necessidade de melhoras na educação --pré-requisito para impulsionar qualquer projeto de desenvolvimento-- é uma das metas que une brasileiros de todos os matizes políticos.
Tranqüilidade
O "La Nación" deu destaque à tranqüilidade das eleições, notando que os eleitores foram às urnas "em paz, mas com menos entusiasmo que no primeiro turno", e que "a mobilização dos partidos foi significativamente menor para esta rodada que para o primeiro turno".
Em outra matéria, o correspondente do mesmo diário traçou um perfil de Lula, retratando-o como um homem bem-humorado que fechou a cara em meados de 2005, em meio ao aparecimento das primeiras denúncias do escândalo do mensalão.
"Neste ano (de 2006), com a recuperação de sua popularidade, (Lula) voltou a se mostrar afável", diz o diário.
"Esse é o estilo que possivelmente manterá em seu segundo mandato, quando tiver de usar todas as armas de seu carisma para navegar nas águas turbulentas da luta política por sua sucessão."
Especial
Leia cobertura especial sobre as eleições 2006
Governando à direita, Lula fez campanha à esquerda, diz "NYT"
da BBC BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva "governou na direita", mas "fez campanha na esquerda" --assim o jornal "The New York Times" tentou definir os quatro anos do governo petista, e explicar a estratégia que levou à reeleição do atual ocupante do Palácio do Planalto, neste domingo.
A matéria publicada nesta segunda-feira diz que Lula "garantiu o superávit primário que deleita Wall Street e o FMI (Fundo Monetário Internacional)". Mas soube usar essas medidas para passar sinais de soberania.
"Um pagamento de empréstimo ao FMI, por exemplo, foi embalado para fazer parecer que Lula estava dizendo à instituição para não enfiar o nariz nos negócios do Brasil."
As eleições brasileiras foram destaque em jornais internacionais ao redor do planeta, nesta segunda-feira. Quase todas as matérias notaram a reabilitação do presidente identificado com os pobres, apesar das denúncias de corrupção contra seu governo.
Feridas
O "Wall Street Journal" diz que "usando carisma e um ar de homem comum para superar escândalos de corrupção, Lula venceu facilmente o segundo turno das eleições brasileiras".
Mas o jornal alerta que Lula terá pela frente o "formidável desafio de curar as feridas deixadas por uma campanha amarga, que apelou para diferenças regionais e de classe".
O "Washington Post" preferiu interpretar as eleições brasileiras como um "referendo em relação a Lula", segundo as palavras de um eleitor entrevistado em sua matéria.
"Para muitos, Alckmin foi simplesmente o receptor dos votos de protesto, passivo em uma eleição completamente definida pelo carismático porém controverso Lula", diz o jornal.
Mercosul "em festa"
Os jornais argentinos destacaram que a vitória de Lula fortalece os planos de "mais Mercosul" --expressão utilizada pelo argentino "Página 12" em contraposição ao "Mercosul puramente econômico de Geraldo Alckmin".
"Os aliados do Mercosul estão em festa", diz um dos artigos do jornal nesta segunda-feira.
O "Clarín" aborda os principais desafios do próximo governo, e diz que Lula será cobrado para que o país supere seu "crescimento anêmico" em torno de 2% ao ano, e se aproxime da média de 4,8% da América Latina.
Para o jornal, a necessidade de melhoras na educação --pré-requisito para impulsionar qualquer projeto de desenvolvimento-- é uma das metas que une brasileiros de todos os matizes políticos.
Tranqüilidade
O "La Nación" deu destaque à tranqüilidade das eleições, notando que os eleitores foram às urnas "em paz, mas com menos entusiasmo que no primeiro turno", e que "a mobilização dos partidos foi significativamente menor para esta rodada que para o primeiro turno".
Em outra matéria, o correspondente do mesmo diário traçou um perfil de Lula, retratando-o como um homem bem-humorado que fechou a cara em meados de 2005, em meio ao aparecimento das primeiras denúncias do escândalo do mensalão.
"Neste ano (de 2006), com a recuperação de sua popularidade, (Lula) voltou a se mostrar afável", diz o diário.
"Esse é o estilo que possivelmente manterá em seu segundo mandato, quando tiver de usar todas as armas de seu carisma para navegar nas águas turbulentas da luta política por sua sucessão."
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