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Eleitor defende voto em Ahmadinejad e diz não acreditar em fraude
da Folha Online
A esmagadora maioria dos iranianos que entraram em contato com o site da BBC para falar das eleições no Irã haviam declarado seu voto na oposição. Mustafá, 28, que se descreve como um iraniano "de classe média", enviou um e-mail de Teerã para explicar por que ele e toda sua família votaram pelo atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
Leia o depoimento dele a seguir:
BBC - Por que você votou em Mahmoud Ahmadinejad?
Mustafá - Em termos de política doméstica, votei nele porque ele apoia as pessoas em Teerã. Faz isso ao melhorar a vida das pessoas que não vivem em Teerã, para que eles consigam encontrar trabalho em seus vilarejos e não precisem se mudar para a capital.
Em termos de polícia externa, o Irã não aceita Israel e, por isso, não tem recebeu sinais positivos da Europa ou dos Estados Unidos nos últimos 30 anos. Ahmadinejad fala de maneira direta e franca com esses países com os quais nós, de qualquer jeito, nunca teremos uma relação.
No começo, eu tinha esperanças no presidente [dos Estados Unidos, Barack] Obama, mas agora estou desapontado. Os problemas presidenciais são questões internas e nenhum país deveria se intrometer nos assuntos do outro. A França, a Alemanha, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos ignoraram essa regra.
Vendo que não poderemos ter boas relações com a Europa ou os Estados Unidos, Ahmadinejad tem, em vez disso, procurado desenvolver o relacionamento com os países asiáticos e africanos. Isso é bom para o Irã. Claro, ainda há muito mais por fazer e esperamos que ele faça mais.
BBC - Por que você acha que tanta gente está protestando se não houve fraude eleitoral?
Mustafá - Acho que não houve fraude nenhuma e que outras pessoas confiam nele [em Ahmadinejad] tanto quanto eu. Eu trabalho no centro de Teerã e vi os protestos. Acho que vários protagonistas estão criando problemas de olho nos seus próprios objetivos.
[O ex-presidente Akbar Hashemi] Rafsanjani perdeu as eleições presidenciais para Ahmadinejad há quatro anos e foi publicamente acusado de corrupção por ele durante a campanha. Por conta dessa inimizade entre os dois, acho que Rafsanjani decidiu calmamente mostrar que houve fraude. Acho que ele parou de criar problemas depois do discurso do líder supremo na última sexta-feira [19], porque sabia que o mundo o estava observando.
[O ex-presidente Muhammad] Khatami é outro que está incentivando os protestos no Irã. Acho que os reformistas escolheram Mir Hossein Mousavi para liderar sua campanha porque ele estava fora da política havia tempo e não iria recordar as pessoas dos problemas dos reformistas.
Acho que países estrangeiros estão insuflando os problemas também. Por que um país como a Itália está abrindo as portas de sua embaixada para os manifestantes? Por que a Alemanha e o Reino Unido estão dando vistos temporários tão facilmente para os manifestantes? Por que todos esses países resolveram apoiar os iranianos agora?
BBC - O que você acha das manifestações de rua e da maneira como a polícia está lidando com os manifestantes?
Mustafá - Todos têm direito a protestar, desde que seja de forma pacífica e sem machucar ou matar pessoas inocentes. Não é justo que Mousavi esteja enviando pessoas inocentes para a linha de frente. Ele deveria sair a público e liderar [os protestos] ao invés de enviá-los para serem mortos ou feridos pela polícia --ou por eles mesmos. Eu não gosto do tratamento da polícia dispensado aos manifestantes.
BBC - Você está feliz com a maneira como o Irã é governado?
Mustafá - O Irã deveria dar mais liberdade e apoio para o seu povo. Mas é preciso recordar que ainda estamos sob sanções internacionais.
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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