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17/11/2006 - 13h52

Morte de modelo brasileira é destaque na imprensa mundial

da BBC Brasil

A morte da modelo brasileira Ana Carolina Reston, por complicações decorrentes de uma anorexia nervosa, é destaque de vários jornais europeus e americanos.

Segundo o jornal britânico "The Independent", a morte "deve causar nova auto-análise nos principais centros da moda no mundo".

O jornal lembra que o debate sobre a magreza excessiva das modelos foi esquentado em agosto, quando outra modelo latina, a uruguaia Luisel Ramos, morreu de insuficiência cardíaca após passar semanas praticamente sem comer.

"A indústria [da moda] se vê acusada de não apenas negligenciar a saúde das modelos, mas de, através delas, encorajar jovens mulheres a levarem dietas para perder peso a extremos perigosos", disse o jornal.

"As meninas brasileiras, inspiradas pelo sucesso internacional de algumas de suas conterrâneas, como Gisele Bündchen e Adriana Lima, podem estar particularmente suscetíveis ao apelo do mundo da moda." afirma o "Independent".

O "The Times", também britânico, repercute a morte da modelo, dizendo que "várias figuras importantes da moda vêm pedindo para que a indústria pare de empregar modelos 'tamanho zero'". O tamanho é equivalente ao 32 no Brasil.

Segundo o jornal, "Achilleas Constantinou, um importante membro do Conselho Britânico da Moda, foi um dos primeiros a pedir uma proibição".

Mas a idéia de uma proibição geral desagrada outras figuras de destaque do mundo da moda, diz o "Times". O jornal cita a declaração de um porta-voz da marca Chanel, de que "a anorexia é um problema social". "As pessoas não deveriam criar uma controvérsia falsa. O mundo da moda não é responsável pela anorexia."

O diário "The Daily Telegraph" diz que a morte de Reston acontece "em meio a temores de que estilistas ainda estejam usando modelos 'tamanho zero'; que sofrem de anorexia apesar dos apelos para que sejam banidas por encorajar distúrbios alimentares em jovens mulheres".

Morte trágica

Na Espanha, o "El País" diz que a morte de Reston "reanimou as críticas contra o uso de modelos extremamente magras em desfiles de moda".

A morte da modelo Ana Carolina também é destaque na imprensa francesa. "A fome trágica de uma top model no Brasil", é o título do artigo do jornal "Libération".

O jornal diz que a morte da brasileira relança o debate sobre o peso das modelos que desfilam nas passarelas. O jornal "Le Parisien" afirma que a morte da brasileira por anorexia coloca novamente em evidência a polêmica sobre a magreza excessiva das modelos.

O jornal entrevista um especialista do Instituto Nacional da Saúde na França, autor do livro "A Nova Dietética do Cérebro", que explica as razões dessa doença do comportamento alimentar.

Para os especialistas franceses consultados pelo jornal, a anorexia não é uma forma de suicídio. "Essas garotas lutam contra elas mesmas, mas elas não medem as conseqüências", diz um médico ouvido pelo "Le Parisien".

O jornal americano "The New York Post" também repercute o assunto dizendo que "uma modelo brasileira bela, mas obcecada por peso, que trabalhou para algumas das melhores agências nova-iorquinas, se matou de fome".

No "The New York Times", uma nota destaca "o apelo emocionado feito pela mãe da modelo para que os pais cuidem melhor de jovens modelos iniciantes".

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